Noroeste cai para Série A3




O Noroeste só dependia de si para se manter na Série A2 do Paulista, mas o time se complicou e viu o Capivariano abrir dois gols de vantagem só no primeiro tempo. O Norusca não teve poder de reação e foi derrotado pelo adversário por 2 a 0, no estádio Alfredo de Castilho, em Bauru.

O rebaixamento da equipe aconteceu aos 21 minutos do segundo tempo, quando a Ferroviária - time que também entrou na rodada lutando contra a degola - marcou o gol da vitória em cima do Santo André.

Com os resultados da rodada, o Norusca caiu para a Série A3. A última vez que a equipe de Bauru havia sido rebaixada para tal divisão foi em 1999. Já o Capivariano conseguiu se classificar para a segunda fase da competição.

Haja coração!!!

O primeiro tempo foi de puro sofrimento para o torcedor bauruense. Os torcedores que foram ao estádio viram um time apático em campo. O Norusca só assistiu ao Capivariano jogar – e também marcar. O primeiro gol da partida saiu de uma cobrança de pênalti do artilheiro do time, Romão, aos 20 minutos.
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E o Romão estava inspirado. Oportunista, ele voltou a balançar a rede, aos 31. Após cruzamento da direita, Romão, de cabeça, fez o segundo do Capivariano. Depois do gol, a equipe passou a administrar o resultado.

A queda...

A etapa final foi ainda mais dramática para os apaixonados pelo Noroeste. Os torcedores continuaram vendo o time visitante pressionar e chegar ao ataque com facilidade. Apesar disso, quem teve a melhor oportunidade de marcar foi o Norusca: Emerson cobrou pênalti e o goleiro do Capivariano fez boa defesa.

Essa foi a única chance do Norusca de diminuir. O time, então, ficou mais nervoso e não conseguiu se organizar dentro de campo. Com isso, o Capivariano voltou a ditar ritmo ao jogo.

Sem conseguir reverter o placar, os torcedores, que estavam acompanhando os resultados da rodada pelo radinho, souberam que a Ferroviária marcou um gol em cima do Santo André aos 21 minutos, ultrapassando e mandando o Noroeste para a zona de rebaixamento.

E será neste clima de tristeza que o Norusca irá estrear na Copa do Brasil na próxima quarta-feira. A partida contra o Criciúma será disputada às 20h30, em Bauru.

Globoesporte/ Bauru

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Noroeste foca no futebol para fugir da A-3



Time de Bauru enfrenta o Capivariano, no Alfredão e sabe que precisa deixar os bastidores de lado

Caro jogador noroestino: que nos noventa minutos da partida contra o Capivariano, que começará hoje, às 10h, no estádio Alfredo de Castilho, você possa esquecer todos os problemas dentro e fora de campo. Mais do que a reputação pessoal de cada um dos onze atletas, está em jogo o próprio futuro do Esporte Clube Noroeste.

A situação realmente não é nada boa. O time bauruense ocupa a 15ª posição, com apenas 19 pontos, dois a mais do que a zona de rebaixamento. São nove partidas sem vitória, com dois empates e sete derrotas, igualando a marca negativa de outro rebaixamento, na Série A-1, em 2009.

Não bastasse isso, enfrentará uma equipe que ainda briga para se classificar e que está na sétima posição, com 27 pontos e que precisa vencer para não depender de combinações de resultados.

Mas esse é o menor dos problemas, para falar a verdade. As últimas semanas foram conturbadas para vocês atletas, os membros da comissão técnica e diretoria noroestina. Não teve um dia que não surgisse uma nova polêmica, um novo “incêndio” a ser controlado.
Tudo, claro, gira em torno dos salários atrasados.

Tanto em fevereiro quanto em março foram alguns dias em que as contas se acumulavam até que algum dinheiro pingasse nos bolsos. É duro, eu sei disso.

Vocês ameaçaram até fazer uma greve, por conta disso. Não levaram adiante, bateram de frente com membros da diretoria que ameaçaram entrar no vestiário no intervalo de uma partida no Alfredão.

É uma situação bem diferente da vivida até o ano passado, com os cofres cheios e sob comando da família Garcia. Agora faltam patrocínios. O clube terminará a Série A-2 sem um patrocinador master que banque todas as contas e os salários dos funcionários.

Até apareceram algumas parcerias, mas são para lá de suspeitas. Uma delas foi desfeita ainda no primeiro dia de gestão de Anis Buzalaf Júnior. A outra, mais recente, incendiou os bastidores mais uma vez, ameaçando rachar a própria diretoria noroestina.

Faltou planejamento, faltou dinheiro, faltou experiência. Tudo isso é fato. Não é fácil jogar assim, admito. Mas guardem bem o conselho de Luciano Sato, o treinador interino que tentará evitar a catástrofe do rebaixamento. “Temos que estar fechados nesse jogo. Nada pode interferir o nosso planejamento”, alertou.

Portanto, deixem a falta de dinheiro, de planejamento e de gestão de lado. Se faltou tudo isso nas 18 rodadas anteriores, tentem compensar hoje com excesso de raça, de vontade e de comprometimento.

O Capivariano nem é tão poderoso assim. Ele saiu da Série A-3 no ano passado, a mesma que hoje queremos evitar. Custe o que custar.
Esqueçam os problemas, jogador noroestino. Até porque eles também se acumulam dentro das quatro linhas. O capitão Bonfim está fora, cumprindo suspensão automática. Uma ausência muito sentida, mas que será substituído por Magrão, prata da casa.

Eles, aliás, poderão ser a nossa esperança hoje de evitar o desastre. Mizael retorna à lateral direita e Romário será opção para o segundo tempo caso Emerson não consiga desenvolver seu jogo. No fim das contas, eles serão, de fato, o futuro noroestino. Seja para continuar na A-2, ou para recomeçar tudo de novo na Série A-3.

Maldição do ano ímpar

Para quem acredita em sorte, azar, coincidência de datas e outras coisas do tipo, tenho uma má notícia para você, torcedor noroestino. Quando a equipe chegou lutando para não cair em ano ímpar, o Noroeste sempre levou a pior.

As grandes campanhas noroestinas sempre foram em anos pares, tirando algumas raras exceções. Basta olhar os dois melhores desempenhos na elite paulista. A quarta colocação foi conquistada em 2006. A quinta posição veio em 1960. O último título foi a Copa Paulista do ano passado.

Claro que teve algumas raras e ótimas exceções. O primeiro título, por exemplo, foi o Interior de 1943. Teve também o ano de 2005, que marcou o retorno à Série A-1 e o primeiro título da Copa Paulista.
Mas repare que os últimos rebaixamentos noroestinos sempre foram em anos ímpares. No período conhecido como “iô-iô”, por exemplo, o Noroeste caiu em 1981, voltou em 1984 e caiu novamente para a segunda divisão em 1985.

O Noroeste voltou a subir em 1986, fez boa campanha em 1987 com uma equipe até hoje lembrada pelos torcedores, mas após alguns anos na elite, voltou a ser rebaixado curiosamente 20 anos atrás, o que representaria o início da queda noroestina na década de 90.

Depois disso o time caiu em 1994 para a terceira divisão, voltou em 1995, mas voltou a cair em 1999, num ano para ser esquecido. No último jogo contra o Paraguaçuense, no Alfredão, o Noroeste jogava pelo empate para não cair, abriu 2 a 0 no placar até a metade do segundo tempo, mas tomou a virada nos últimos minutos e retornou para a terceira divisão.

Saiu de lá apenas em 2004, no início da era Damião Garcia. Teve dois acessos seguidos emendado com a campanha histórica de 2006. Seriam sinais de novos tempos?

Não muito. A aventura na elite durou apenas quatro anos. Em 2009, ano ímpar, o Noroeste fez uma campanha ridícula na elite paulista e foi rebaixado sendo goleado por 5 a 2 pelo Mogi Mirim em pleno estádio Alfredo de Castilho.

No ano do centenário, em 2010, conseguiu novamente subir, mas relembrando os tempos de iô-iô, o Noroeste voltou a decepcionar em 2011, caindo mais uma vez após a derrota para o Ituano.
Agora, porém, o time terá que se superar para que a história não seja a mesma de 1993. Após uma campanha surpreendente na primeira metade deste campeonato, já são nove partidas sem vencer, mesma marca de quando caiu em 2009, na primeira divisão. Não bastasse isso, é a primeira vez desde 2005 que o time bauruense ficará mais de duas temporadas longe da elite paulista.

Situação que pode piorar, claro, pois menos de um ano após a saída de Damião Garcia (em setembro do ano passado), o clube pode voltar à “estaca zero” de quando ele salvou da falência, em 2002: um time sem dinheiro e na Série A-3.

São contra esses números e esse retrospecto que o Noroeste jogará hoje de manhã, no Alfredão. Por 90 minutos, os jogadores, comissão técnica, diretoria, torcedores e imprensa terão que esquecer a crise administrativa, os atrasos nos salários, a falta de patrocinadores e tudo o que puder atrapalhar o time. Porque se o Noroeste cair, a situação vai piorar muito antes de ter alguma melhora.

Gustavo Longo/ Bom Dia Bauru


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Últimos detalhes



Noroeste já está concentrado para o “jogo do ano” e zagueiro convoca torcida
Falta apenas um dia para o Noroeste saber o que lhe espera em 2014: a Série A-2 ou a Série A-3. Após uma semana turbulenta, com os diretores do clube envolvidos em um verdadeiro “fogo cruzado”, o elenco noroestino está desde ontem concentrado em Agudos, focado apenas na verdadeira decisão que terá amanhã, às 10h, no estádio Alfredo de Castilho.

O time já está definido no esquema 3-5-2 e o técnico Luciano Sato ressalta a importância da partida para o futuro do clube. “Vamos jogar seis meses em uma partida. Mas todo o elenco está focado, conversamos bastante ao longo da semana e nada vai atrapalhar. Nosso objetivo é tirar o Noroeste desta situação”, destaca o treinador. A equipe que trabalhou ao longo da semana tem Yuri no gol, Cazão, Magrão e Neto na defesa, Mizael e Samuel Balbino nas alas, Pedro e Paulinho na contenção e Emerson na armação. No ataque, Diego e Bruno.


Apoio da torcida

O zagueiro Cazão pede para que o torcedor compareça ao Alfredão no domingo pela manhã. “Espero que a torcida venha para incentivar, e que venha em bom número. A gente precisa deles. Eu mesmo fui cobrado nessa semana nas redes sociais, eu sei que eles virão e vão apoiar”, pede o atleta, titular em boa parte do campeonato. “Teremos um jogo contra o Criciúma pela Copa do Brasil na semana que vem, mas todo o foco está no jogo de domingo. É um jogo que vale o ano para o Noroeste”, define.

“Todo mundo aqui tem família e busca dar o melhor. Esse campeonato é muito nivelado, e não queremos ficar marcados por um rebaixamento, ainda mais em um clube como o Noroeste, de uma cidade grande, de tradição”, explica Cazão.

Sobre a declaração ao final do jogo em Santo André, quando disse que o grupo não estava unido, Cazão preferiu ponderar. “Depois do jogo a gente sai de cabeça quente e fala até besteira.

Não me referi ao aspecto fora de campo. Todo mundo se dá bem, o que aconteceu ali foi dentro de campo, uma discussão normal de jogo, e já superado”, finaliza. O jogo será transmitido ao vivo para todo o país pela Rede Vida, mas a diretoria noroestina pede para que os bauruenses compareçam ao Alfredão e apoiem a equipe neste momento decisivo.


Todo mundo faz tudo

Na reta final da Série A-2, o Noroeste acabou fazendo todo mundo trabalhar em várias funções. O técnico Luciano Sato, por exemplo, era das categorias de base na gestão passada, e passou a ser gerente de futebol no começo deste ano.

Na semana passada, assumiu como treinador. “Na época do Damião você tinha uma receita para determinadas funções.

 Hoje, não é segredo para ninguém que o clube vive dificuldades financeiras, mas temos de fazer a engrenagem andar”, explica Sato, que ficava no banco de reservas como preparador físico quando Seixas era o técnico, com Cacá ficando como auxiliar.

Ao seu lado, está Marco Antônio Machado, que já foi jogador e treinador do clube em outras épocas. Ele é diretor técnico e ficou como auxiliar no jogo passado.

Em outras áreas, as dificuldades também foram sentidas. Os dois fisioterapeutas que cuidavam da equipe principal se desligaram do clube neste mês, e César Prando, responsável pelas três categorias de base (sub-15, sub-17 e sub-20), passou a ter que dar conta do time profissional também.

O médico Omar Haddad, que na Série A-2 do ano passado viajou em quase todos os jogos, foi a poucas partidas fora de casa neste ano.

As mudanças também aconteceram na comissão técnica.  O preparador físico Pedro Júnior saiu no meio do campeonato, Pedro Siqueira passou a trabalhar como então treinador Carlos Alberto Seixas, e agora os treinos físicos também são ministrados pelo preparador que estava nas categorias de base desde a gestão passada, Guilherme de Paula.

O próprio supervisor de futebol, Cristian Mendes, que é formado em Educação Física, ficou no banco como preparador físico em Santo André.

Thiago Navarro/ Jornal da Cidade

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MEMÓRIA DA BOLA

Ataque do Noroeste, que viajou à Bolívia, por trem
Á QUEM APELAR?

Nossa vitrine ferroviária segue inabalada como sucata indecente, cercada por mato e lixo. Com milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza,nem parece que o país perde milhares de toneladas de cereais por falta de transporte ferroviário a partir de regiões produtoras,  caminhões congestionando estradas e fazendo filas de dezenas de quilômetros nos pontos de desembarque. Os caminhoneiros aguardando dias seguidos para transferir a carga...
Uma das regiões produtoras, como se sabe, é o vizinho Mato Grosso do Sul, no passado umbilicalmente ligado ao nosso Estado e aos seus portos. Claro, pelos trens. Como me lembrou outro dia o José Carlos Coelho, o cerebral centro avante Zé Carlos, titular do Noroeste de todos os tempos.
 recordava uma excursão de 1964, atravessando todo o território matogrossense, com destino à Bolívia. Ponto de partida, a majestosa estação ferroviária da praça Machado de Mello. No torneio com três equipes bolivianas, o Norusca venceu todas. Zé Carlos foi o artilheiro, comandando o ataque que aparece na foto: Daniel, Araras, Zé Carlos, Lourival e Ailton.

 
Convocaram o Ditão desse Flamengo, em vez do Ditão do Corinthians.
 
POR FALAR EM SELEÇÃO

Uma viagem até 1966, ano da Copa do Mundo na Inglaterra. Pressões de todo lado, a CBD (hoje CBF), sediada no Rio, convocou 44 jogadores para os treinamentos.
Entre os convocados, uma surpresa: o zagueiro Ditão, do Flamengo, em vez do seu irmão mais famoso, o Ditão, do Corinthians, esta sim, uma convocação esperada.  Semanas depois, o pessoal já treinando, descobriu-se a origem da troca. A secretária da CBD, por não saber o nome completo do corintiano (Geraldo Ferreira do Nascimento- 1938/1992), telefonou e perguntou a um jornalista carioca, simplesmente o nome completo do Ditão. Sem saber de nada, o jornalista passou-lhe o nome do Ditão, do Flamengo, que aparece na foto:
em pé, a partir da esquerda: Murilo, Waldomiro, Jaime, Ditão, Carlinhos e Paulo Henrique; agachados, Neves, João Daniel, Silva, Fefeu e Rodrigues.
 
João F.Tidei de Lima/ Historiador

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De fora, Bonfim torce por um final feliz



Capitão e símbolo da ‘Era Damião’, zagueiro lamenta crise nos bastidores e espera sair da degola

Ao lado de Yuri, ele foi poupado das críticas da torcida noroestina nos últimos jogos. Para falar a verdade, teve até seu nome gritado pela raça e entrega em campo. Mas quis o destino que o zagueiro Bonfim ficasse de fora justo do jogo mais importante do Noroeste neste ano.

Ele cumprirá suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo recebido na derrota para o Santo André, no sábado. Assim, ficará de fora do jogo contra o Capivariano, no domingo, às 10h, no Alfredão.
A partida pode representar a queda do time bauruense para a Série A-3.

Situação que incomoda – e muito – o atleta, símbolo da “Era Damião Garcia” e que conviveu com o período de vacas gordas que o clube passou. Ele chegou em 2003 ainda nas categorias de base e virou um dos ídolos da torcida na sua primeira passagem até 2010.

“Realmente não imaginava que seria assim tão rápido. Eu sabia que não seria igual como antes, mas acreditava que a cidade abraçaria mais a causa do time. Na minha primeira passagem falavam que o Damião não abria o clube para outras pessoas. Hoje podem estar arrependidos disso”, comentou.

Ele retornou neste ano para ser o capitão nesta reformulação pela qual o clube passou. Se transformou num dos líderes do elenco e se destacou na zaga do clube. Nem mesmo a má fase atual, com nove jogos sem vitória, afetou sua reputação diante da diretoria, comissão técnica e torcedores.

Porém isso não o deixa feliz. O fato de ter ficado mais da metade do campeonato na zona de classificação para a segunda fase e ter que terminar lutando para não cair o deixou cabisbaixo nas dependências do Alfredão. Tudo isso aliado à crise administrativa do clube.

“A situação poderia fluir diferente. Mas são coisas que acontecem. Nos resta continuar na A-2 para dar tempo a essa diretoria para ganhar mais experiência. Nós vemos que eles são pessoas que gostam do clube”, afirmou.

É o que resta ao capitão noroestino. Torcer para a equipe continuar na A–2 e não manchar sua história no Alfredão.

Gustavo Longo/ Bom Dia Bauru

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Trégua!



Diretoria deixa “crise de relacionamento” de lado para focar no jogo decisivo de domingo; presidente e vice descartam sair

Um dia depois da troca de “farpas” entre o presidente Anis Buzalaf Jr. e o vice Filipe Rino, ontem a diretoria parece ter dado trégua nas acusações mútuas em nome de um bem maior, que é a manutenção do Noroeste na Série A-2 do Campeonato Paulista. A equipe está apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento, com 19 pontos, em 15º lugar na tabela de classificação.

“Vamos esperar o jogo de domingo, vamos tirar o Noroeste dessa situação e depois de segunda-feira a gente discute os problemas da diretoria”, afirma o presidente Anis Buzalaf Jr. “O foco agora é resolver o Noroeste, tirar o clube da possibilidade de rebaixamento”, detalha. O presidente noroestino afirmou ainda que pretende pagar os salários até segunda-feira, e que a motivação do elenco para a partida decisiva contra o Capivariano será o próprio jogo.

Buzalaf pede o apoio da torcida, dizendo que é importante que os bauruenses compareçam nos dois jogos que serão realizados neste domingo no Estádio Alfredo de Castilho. Às 10h, o Norusca recebe o Capivariano, enquanto às 18h30, Oeste e Santos se enfrentam pelo Paulistão. “Pedimos a população que apoie o Noroeste nesta partida decisiva e que venha também assistir ao jogo da tarde. Vamos fazer uma festa bonita no Alfredão, algo que Bauru não vê há quase três anos”, salienta.

Investidores

Na entrevista publicada ontem no JC, Buzalaf disse que não entregaria o clube “nas mãos de qualquer um”. Questionado sobre a possibilidade de ele mesmo deixar o comando, o presidente foi enfático. “Não vou sair, de maneira nenhuma. Pelo contrário. Estamos buscando novos parceiros e patrocinadores que possam somar com o clube. Investidores sérios, honestos, decentes”, pontuou.

Buzalaf esteve durante parte da tarde de ontem no Alfredão, mas disse que não conversou com o vice Filipe Rino, que não esteve no clube durante o dia de ontem. “Assuntos da diretoria trataremos depois de segunda-feira”, reforça o presidente, que confirmou a intenção de reunir o Conselho Deliberativo em breve.


Desconfortável

O vice-presidente Filipe Rino preferiu ponderar sobre a situação atual do Noroeste. “Não fui ao clube porque estive resolvendo problemas pessoais”, menciona Rino, que ainda aparenta estar desconfortável com a situação. Porém, a falta de diálogo com Buzalaf ainda é evidente. “O Anis não tem poderes, quem tem é o Conselho Deliberativo, é só ver o Estatuto do clube”, salienta (referindo-se à reunião do Conselho, que Buzalaf pretende convocar e que, nas próprias palavras do presidente, colocaria Rino e seu irmão Thiago “em seus lugares” – Thiago Rino é o diretor jurídico do clube).

Porém, Rino também prefere deixar os problemas de lado até segunda-feira. “Nosso foco é o jogo contra o Capivariano, é a partida mais importante do ano para o Noroeste”, sinaliza. “Sobre a parceria com a Edda Silvestro, o próprio Buzalaf disse para vocês (JC) que a parceria não vai ocorrer. Agora me passaram que uma pessoa do marketing da empresa dela estaria no clube na próxima semana, mas quem tem que tomar as decisões é o presidente”, relata.

“Não queremos é expor o Noroeste, como foi feito com a R+ (do empresário Marcus Nascimento, na época da eleição, desfeita em dois dias) e com a Herbalife. É a terceira vez que estamos alertando o presidente, e ele mesmo agradeceu pelo fato de ter sido alertado sobre essa parceria com a Edda Silvestro”, destaca.

“Conversei com alguns jogadores, pedi para focar no jogo, foi uma atitude do presidente meio mal pensada, e quem convive com a gente no clube sabe que trouxemos recursos através de patrocínios e negociações de atletas, intermediamos muitos recursos, mas tudo foi assinado pelo presidente”, destaca Rino. “Eu continuo no clube, mas só o Conselho pode tomar uma providência, seja com relação a mim, seja com relação a ele (presidente)”, cita.


Clube confirma participação do Sub-20

O Noroeste confirmou participação no Campeonato Paulista Sub-20. A equipe será dirigida pelo técnico Sérgio Clavero, e terá como base o time que disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro. A competição começa no dia 18 de maio. Já o Sub-15 e o Sub-17 estreiam na semana que vem, contra o Marília, ambos atuando no estádio Alfredo de Castilho, no sábado, 6 de abril, pela manhã.


Time finaliza preparação

O Noroeste faz na manhã de hoje o último treino antes do jogo decisivo de domingo, contra o Capivariano, às 10h. Após o trabalho, a equipe vai para um hotel em Agudos, onde fica concentrada até momentos antes da partida. Apenas um leve trabalho deve ser desenvolvido no sábado pela manhã, no próprio hotel.

Ontem à tarde, o técnico Luciano Sato e o diretor técnico Marco Antônio Machado conversaram bastante com o elenco. O time deve começar a partida de domingo com a formação que treinou na quarta-feira, exceção feita a Emerson, que entra no lugar de Romário. O Noroeste deve atuar, portanto, com: Yuri; Cazão, Magrão e Neto; Mizael, Pedro, Paulinho, Emerson e Samuel Balbino; Diego e Bruno.

Thiago Navarro/ Jornal da Cidade

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