MEMÓRIA DA BOLA

O técnico Brandão dando entrevista em 1970
TÉCNICO DO TRIO DE FERRO

O saudoso técnico Oswaldo Brandão (1916-1989) teve um currículo de fazer inveja a outros treinadores do país.
Foi o único treinador que passou por todos os chamados grandes do futebol paulista, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Portuguesa de Desportos...E  orientou o antigo Trio de Ferro na conquista de títulos históricos. Começando com  o título do Paulistão de 1947 pelo Palmeiras, o histórico campeonato do 4º Centenário com o Corinthians em 1954, e mais adiante, comandando o Tricolor bicampeão em 1971.
Demitido injustamente da seleção brasileira ás vésperas das eliminatórias  para a Copa do Mundo de 1978, foi imediatamente recontratado pelo Corinthians, há 23 anos sem título do Paulistão.
Como registra a história, não deu outra: Timão na cabeça, e o título de volta ao Parque São Jorge.

Rinus Michels levantando troféu na Holanda
TREINADOR DO SÉCULO

Em 1999 a FIFA elegeu o holandês Rinus Michels como O Treinador do Século.
Com carradas da razão. Michels, nascido em 1928, morreu aos 77 anos, em 2005.
À testa da seleção holandesa, revolucionou o futebol mundial. Na Copa de 1974, mostrou o chamado Futebol Total, liderado no campo pelos craques J. Cruyff, Neeskens, etc.
Era o chamado Carrossel Holandês, onde os jogadores não tinham posição fixa.
Cruzou com o Brasil, então orientado pelo técnico Zagallo, que, embora avisado, desconsiderou as inovações holandêsas: "isso é conversa fiada, tentando enganar trouxa! Comigo não! "

No campo, o nocaute holandês: 2 a 0, despachando o Brasil.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA



Em 1953, o genial Garrincha  e o técnico Gentil Cardoso
 DANÇA DOS TÉCNICOS

Tite retornando ao Corinthians, Osvaldo de Oliveira assinando com o Palmeiras... dois técnicos com títulos regionais e internacionais..
Por falar em técnicos e suas conquistas, lembramos do lendário Gentil Cardoso 
(1933-1983), um técnico vencedor. Em 1946, ele disse aos dirigentes do Fluminense: "Deem-me Ademir de Menezes e eu vos darei o campeonato". Dito e feito. O Vasco da Gama emprestou o centroavante e o Flu fez a festa naquele ano. Em 1952, Gentil recuperou o Vasco, que tinha de volta os gols de Ademir, e o título voltou à São Januário.
 
Falante e erudito, o negro Gentil Cardoso cunhava frases questionando os valores da sociedade, entre eles o racismo. 
 
No dia da conquista do título carioca pelo Vasco da Gama em 1952, Gentil Cardoso, completando a volta olímpica nos ombros da torcida parou diante da tribuna de honra e soltou: "Meus senhores! Eu estou com as massas, e quem está com as massas não cai do poder! " 
Caiu. No dia seguinte, o Vasco recontratava o técnico Flávio Costa.
 
Em 1953 Gentil Cardoso assumia no Botafogo, e aprovava a contratação imediata de um jovem de 20 anos,  apelido de Garrincha, como mostra a foto.

Equipe do Renner, campeão gaúcho de 1954
 
BALANÇOS & PREVISÕES

Fim do ano chegando, sempre hora de balanços e previsões. Lá pela metade do século passado, de um modo geral no futebol brasileiro  as previsões eram sempre confirmadas pelos balanços, ou vice-versa.
 
Por exemplo, nos campeonatos estaduais, por aqui Corinthians, Palmeiras e São Paulo repartiam os títulos, no Rio a partilha era entre Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo; em Minas mandavam Cruzeiro e Galo, e no Rio Grande do Sul infalivelmente dava Grêmio ou Internacional, até que....
...Até que em 1954, depois de 25 anos dividindo o título gaúcho, Grêmio e Inter tiveram que ficar de joelhos diante do pequeno Renner, uma espécie de clube-empresa, fundado por funcionários de indústria de roupas..
 
A  foto mostra  uma das escalações do técnico Selviro Rodrigues: em pé, a partir da esquerda,  o goleiro Valdir Joaquim de Morais, hoje com 83 anos, na meia direita,  Breno, futuro artista de cinema, e na meia esquerda o capitão Ênio Andrade.   
 
João F. Tidei de Lima/ Historiador


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MEMÓRIA DA BOLA

Esse time teve lances contra a Ditadura Militar
FUTEBOL & DITADURA

País sem memória é País sem identidade, já dizia o Conselheiro Acácio. Por isso as Comissões dos Direitos Humanos, em todos os níveis, têm razões de sobra para recuperar a documentação produzida no período da Ditadura Militar.

Como lembra a velha guarda, nem o futebol escapou. A foto remete àquele momento: a partir da esquerda o músico Zezito e os personagens envolvidos, o antigo atacante Edu Antunes Coimbra, do América(RJ), Vasco e outros clubes, o bauruense Pedrosinho, autor de livros que focam a Ditadura, mais  o ex-centro avante Reinaldo, do Galo Mineiro e crítico da Ditadura,  o jauense Afonsinho, ex-XV, Botafogo carioca e Santos,  celebrizado pela luta em favor do passe-livre, finalmente Nando Antunes,  irmão do Edu e do maior artilheiro da história do Flamengo, o Zico.Fernando Antunes Coimbra, o Nando, à altura de 1964, ano do Golpe Militar, circulou pelos aspirantes do Fluminense, América, Madureira, até chegar ao Ceará, em 1968
Fora do campo, estudou na Faculdade Nacional de Filosofia, e.como professor aplicou o Plano Paulo Freire,  em programa de Alfabetização. o suficiente para ser fichado pela polícia política carioca. Paulo Freire tinha sido cassado pela Ditadura.  Como futebolista, Nando, ainda no Ceará,  seria  contratado pelo Belenenses de Portugal, mas, logo dispensado, em função da ditadura salazarista naquele país.
Nando Antunes retornou ao Brasil, e imediatamente foi preso e torturado pela nossa Ditadura.
A anistia completa veio em 2010.


Afonsinho liderou  a luta em defesa da categoria

PASSE LIVRE

Afonso Celso Garcia Reis, o Afonsinho, hoje com 67 anos,  foi revelado pelo XV de Jaú, em 1962, e em 1965 comprado pelo Botafogo carioca, onde foi campeão por várias vezes.
Liderou a luta dos jogadores em favor do passe livre, direito que lhe foi reconhecido em 1971, e mais tarde estendido à categoria. Tempos da Ditadura Militar, que tinha em Afonsinho um crítico declarado.
Fora do campo Afonsinho tornou-se médico, e até hoje participa do programa Saúde da Família, na Ilha de Paquetá.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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PARABÉNS, TORCIDA SANGUE RUBRO!


" TÁ NO SANGUE ,TÁ NA SANGUE"
Quando falamos de torcida, temos que reverenciar a mais querida de todas. Eu estou falando da "Torcida Uniformizada Sangue Rubro", que no dia de hoje está completando “28 anos” de existência em prol do grande "Norusca".
Durante todos esses anos de estrada, várias são as lembranças que ficaram registradas na memória do torcedor da Sangue Rubro. Impossivel esquecer as dificuldades, as conquistas e as confraternizações históricas que foram vividas juntas por todos os seus integrantes.
Existem coisas que realmente não temos como buscar explicação, e uma delas é a paixão do torcedor Sangue Rubro pelo Norusca. É uma torcida que respira o Noroeste, vive o Noroeste e quando este time traz alegrias, ela explode e contagia todos ao seu redor.
Ela dá show em todos os aspectos, seja no Alfredão ou nos estádios onde o Noroeste esteja jogando. E os jogadores do Norusca sabem o que eles podem receber caso consigam retribuir o carinho que a torcida tem lhes oferecido.
A Sangue Rubro tem a sua sede localizada na rua Antonio Serigato, na Vila Pacífico, bem pertinho do Alfredão. Lá tem sido o novo point da torcida noroestina. Entre um chopp barato e geladíssimo encontramos torcedores de diferentes épocas, cada um se expressando à sua maneira o amor pelo vermelhinho mais querido mundo. Feliz aniversário, Sangue Rubro! Você nasceu pra viver eternamente.

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LANÇAMENTO DO LIVRO "NOROESTE....104 ANOS DE UM TEIMOSO"..DO JORNALISTA PAULO SÉRGIO SIMONETTI


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MEMÓRIA DA BOLA

BAURU NO CAMINHO




Em 1954, Nelson Faria, Mingão e Amaro, defensores do Norusca

Até se consolidar na sólida liderança do campeonato do 4º Centenário, o Corinthians, escalado por Oswaldo Brandão, teve desafios pelo caminho. Um deles em Bauru, contra o E.C.Noroeste, caçula da Primeirona.

Tempo chuvoso e também chuva de gols no velho Alfredão: Corinthians começa fazendo 1 a 0; o Norusca empata; nova vantagem corintiana, 2 a 1; novo empate ainda no 1º tempo, 2 a 2. 

No começo do  2º tempo o Corinthians fez 3 a 2, o jogo perto do fim, aos 46, último lance, Norusca 3 a 3,  com estes herois: Rossi, Gaspar e Pirani; Nelson Faria, Mingão e Amaro; Lanzoninho, Zeola, Rebolo, Ranulfo e ColomboArbitragem do carioca Mario Vianna.  


No Paulistão de 1954, o corintiano Rafael e o goleiro Lindolfo, da Lusa

GOLEIRO VOADOR

O goleiro Lindolfo Mário de Pádua Melo (1930-2012), começou no profissionalismo em fins da década de 1940  defendendo a Ferroviária de Assis. Em 1951  era  titular do São Bento de Marília, um dos líderes da série regional daSegunda Divisão, e em 1954 vestia a camisa nº 1 de um dos melhores times da história da Portuguesa de Desportos. 

Chamava a atenção pelo físico de halterofilista, produto de anos de exercício em barras e levantamento de peso. Nos jogos comparecia com defesas espetaculosas em vôos que os fotógrafos atrás das metas não deixavam de flagrar.

Como esse que aparece na foto, Pacaembu superlotado,  Lindolfo no ar, o meia Rafael cabeceando e decretando a vitória do Corinthians - 1 a 0 - no Paulistão do ano do 4º Centenário de São Paulo. Título de campeão à vista. e a consagração do meia Rafael Chiarella (1935-1980) como a grande revelação.

João F. Tidei de Lima/ Historiador


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NOROESTE ESTÁ FORA DA DISPUTA DOS JOGOS ABERTOS



 De virada e com muitos erros na defesa, o Sub-20 do Noroeste foi desclassificado no jogo de ontem contra o time de São José dos Campos, pelo placar de 3 a 1.

O Noroeste saiu na frente com um gol marcado aos 3 minutos do primeiro tempo, através do meio campista Luiz Azevedo.
Com esta derrota, o time do Noroeste foi eliminado dos Jogos Abertos que está sendo realizado na cidade de Bauru, e que tem o termino no próximo sábado.

O Noroeste jogou com: Aranha; Bruno Silva, Lucas Matheus (Maycon), Rafael Pontoli e Rafinha (J ô); Café (Igor), Diego Venâncio (Celsinho), Luiz Azevedo e Patrick; Aguiar ( Allyson) e Alex.

A próxima etapa do Noroeste sera a preparação do time que disputará a Copa SP de Futebol Júnior em Janeiro de 2015 .Bauru sediará umas das chaves da competição.


Foto: Malavolta Jr (JC)

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MEMÓRIA DA BOLA

 Os bauruenses Nenê e Toninho foram  campeões no Paulistão de 1970

CAMPEÕES PELO SÃO   PAULO

O bauruense Antonio Ferreira, o Toninho Guerreiro, nos deixou em 1990 aos 48 anos. Revelado pelo E.C.Noroeste foi vendido ao Santos F.C.à altura de 1961/62. Ali colecionou títulos, entre eles os de tricampeão paulista de 1967/68/69. Suficientes para atrair o interesse do São Paulo, em busca de um artilheiro para tentar faturar o Paulistão de 1970. Com os gols do Guerreiro  não deu outra, bicampeão em 1970/71, o que, para o artilheiro, totalizaria o  título de pentacampeão, até hoje inédito no futebol paulista. 
Outro bauruense campeão pelo Tricolor foi o meia Érico de Paula Coelho Filho, o Nenê, que partiu dia destes, aos 70 anos.  Carreira diferente, saiu de Bauru em 1964 e chegou ao Morumbi, sem passar pelo Norusca. Nove anos vestindo a camisa do São Paulo alternando períodos como titular e como um verdadeiro reserva de luxo. Substituiu a estrela do time, o craque Gerson, na vitória, 2 a 1, que decidiu o Paulistão de 1970 contra o Guarani em Campinas. No último jogo, diante de 70 mil pessoas no Morumbi, Toninho Guerreiro e Nenê ajudaram a derrotar o Corinthians logo após terem recebido as faixas, como mostra a foto: em pé, a partir da esquerda, Gilberto, Sérgio, Lima, Édson, Dias, o ex-noroestino Lourival, Forlan e Jurandir; agachados, Miruca, Gérson, Zé Roberto, Toninho Guerreiro, Nenê e Paraná.


Gino Bacci (à dir.) recebendo a delegação do São Paulo em 1958
O ADEUS DO CAPITÃO

Como a cidade sentiu, dias atrás, o mais famoso capitão do antigo Bauru A.C. partiu às vésperas de completar 94 anos.
Uma trajetória que começou em fins da década de 1930 vestindo a camisa do então Luzitana, o BAC a partir de 1946. Zagueiro central, logo se impôs como líder junto aos companheiros, até pendurar as chuteiras em inícios da década de 1950.
Aposentado como jogador, mas ainda circulando pelo mundo da bola. Proprietário do Hotel Avenida, costumava hospedar a delegação do São Paulo F.C., com quem tinha relações de  afetividade. 
Numa das vezes, em novembro de 1958, foi receber jogadores e dirigentes na bela estação ferroviária, considerada na ´época como a mais imponente do interior da América do Sul. Logo após o desembarque posou para a foto ao lado do zagueiro De Sordi(1931-2013) e do locutor da Rádio Record, Geraldo José de Almeida (1919-1976).

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA

O ataque goleador do Norusca na Bolívia em 1964
PELOS TRILHOS ATÉ  A  BOLÍVIA

(Em outros tempos a Bolívia era recordista de golpes de estado e de ditaduras. Hoje, está nas manchetes por conta da reeleição do presidente Evo Morales. Não é um fato corriqueiro. Morales, do grupo nativo Aimará, foi o primeiro eleito, em 2005, fora dos padrões tradicionais composto por  grupos descendentes de europeus. 
 
A Bolívia se limita com o Brasil com fronteiras de 3.000 km, é  parceiro econômico de peso, alimenta um gasoduto  de 3.150 km que abastece os Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
 
Lá por 1964, entrou em campo, com três clubes, para receber o nosso E.C.Noroeste. Que viajou pelo trem da saudosa  E.F.Noroeste do Brasil. Os noroestinos embarcaram na outrora majestosa estação da praça Machado de Mello, chegaram à Corumbá, depois Puerto Guijarro, e, por um trem boliviano alcançaram Santa Cruz de La Sierra. Capitaneados por José Carlos Coelho, o Carlos, bateram os três times bolivianos, com gols dos atacantes da foto: a partir da esquerda, Daniel, Araras, Zé Carlos, Lourival e Ailton.
 
Em tempo: os trens de passageiros da antiga Noroeste foram suspensos há quase 20 anos, os da Bolívia  continuam nos trilhos...

Árbitro, bandeirinhas e o representante da FPF em 1954

UM TRIO ENTROSADO

Desde 1948 o Brasil importa árbitros estrangeiros. Recebeu fornadas de ingleses, austríacos, belgas, argentinos, uruguaios...
 
Entre os uruguaios, o que deixou lembranças positivas foi Esteban Marino, dos quadros da Federação Paulista de Futebol. Apitou várias vezes em Bauru, e passou a exigir da FPF que os auxiliares fossem sempre os mesmos, para o necessário entrosamento. 
 
Eles aparecem na foto, Paulistão de 1954, no velho Alfredão, Esteban Marino, os bandeirinhas Aldo Trama e Germinal Alba, mais o representante da FPF, Francisco Nunes.   


João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA

Mazola e o zagueiro  Edson, na capa do semanário  Manchete Esportiva de 1958

O MAIOR DOS CLÁSSICOS

Mês de março de 1958, Torneio Rio-São Paulo, quase 50 mil pessoas lotando o Pacaembu, em campo o  Santos, escalado pelo técnico Lula, e o Palmeiras, orientado por Oswaldo Brandão.
O Verdão fez 1 a 0, o Santos, com Pelé,  empatou, e fez 2 a 1, Nardo, do Palmeiras,  marcou  novo empate, 2 a 2, Em poucos minutos, Dorval, Pagão e Pepe decretaram  a goleada, Santos 5 a 2, placar do primeiro tempo.
Com a revelação chamada Mazola, no segundo tempo o Palmeiras reagiu, empatou  e virou para  6 a 5, o jogo perto do fim. Mas aos 38, o Santos igualou outra vez, 6 a 6, e aos 43, com Pepe, deu os números finais, 7 a 6. 
Um torcedor, fulminado por infarto, morreu em pleno Pacaembu. O locutor da Rádio Bandeirantes, o bauruense Edson Leite (1926-1983),  emocionado, disse que aquele tinha sido o maior de todos os clássicos reunindo os grandes do futebol paulista.
À propósito, até hoje, foi o que somou o maior número de gols...


Em 1966, o primeiro título nacional com esse timaço inigualado

UM CRUZEIRO FORTE

Nas décadas de 1940/50/60, o Cruzeiro Esporte Clube repartiu os títulos estaduais com o grande rival Atlético, mais o América. 
Em 1966, o primeiro título nacional, as finais disputadas com o super Santos de Pelé, o ex-noroestino Toninho Guerreiro, Edu, etc. Primeiro jogo no Mineirão, um Cruzeiro forte como nunca fritou o Peixe, 6 a 2. Segunda partida no Pacaembu, o Santos com sede de vingança, fez 2 a 0 no primeiro tempo, já vislumbrando o jogo decisivo no Maracanã.
Mas, o Cruzeiro, depois do intervalo, apostou na sua cotação nunca antes igualada. Virou e cravou 3 a 2. Campeão do Brasil, escalado pelo técnico Airton Moreira, e com o alinhamento da foto: em pé, a partir da esquerda, Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Wilson Piazza, e Raul; agachados, Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.


João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA

Torcedores heróicos resistem à estupidez do horário noturno
 HORÁRIO ESTÚPIDO!

Não há outro adjetivo para qualificar  o horário noturno dos jogos às  22 horas decretado na ação conspiratória unindo a televisão, os clubes, as federações regionais e a CBF. Verdadeira,  traiçoeira, e covarde  conspiração. Contra quem?
Claro, contra a massa dos torcedores, em sua grande maioria constituída por assalariados e estudantes, obrigados, no dia seguinte,   a pular da cama bem cedinho em função dos seus compromissos no trabalho e nas escolas. E por isso, impedidos, na maior parte, do saudável comparecimento aos estádios. 
Nos países civilizados essa estupidez é impensável. Aqui entre nós tal  barbarismo, tanto quanto outros, segue banalizado, não se sabe até quando.



1965, gloriosamente, o Palmeiras vestiu a camisa da seleção
O VERDÃO E AS DEGOLAS

Com um  misto de tristeza e saudade, a velha guarda palmeirense resgata o melhor da década de 1960, o Verdão repartindo títulos do Paulistão com o super Santos e sendo escalado para representar o Brasil no confronto com o Uruguai, inaugurando o Mineirão naquele setembro de 1965.
Esse timaço da foto enfiou 3 a 0, com Valdir, Servílio, Julinho, Valdemar Carabina, Ademir da Guia, Djalma Dias, Djalma Santos, Rinaldo, Ferrari, Dudu e Tupanzinho. 
Foi a culminância da boa fase, porque daí a ´pouco começou a degringolada. Paulistão de 1968, Santos campeão antecipado, o Palmeiras lá embaixo, a um passo da degola. 
Para escapar  precisaria pelo menos empatar no último jogo, com o Guarani em Campinas. E não é que conseguiu o empate de 1 a 1?  Sabe-se lá por que, o Bugre decidiu escalar vários reservas e juvenis. E para não correr riscos, fez entrar ainda um tal de Flamarion, bom jogador, mas sem o devido registro na Federação Paulista de Futebol...

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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SUB-15 DO NOROESTE VENCE E AVANÇA AS OITAVAS DE FINAL


Jogando nesta manhã de sábado em Bauru, o Sub-15 do Noroeste venceu o Internacional de Limeira pelo placar de 2 a 0.

O primeiro gol noroestino foi anotado pelo atacante Geovanne e o segundo pelo meia Cristiano.

Os times do Mirassol ou do São Bernardo devem ser os próximos adversarios na fase seguinte do campeonato.

O Noroeste jogou com Mateus Dorico ( Mateus Henrique); Gabriel Lopes ( Felipe Alexandre), Jorge Gabriel, Luan Fernandes( Bruno Santos) e Carlos Goiano ( Kadu); Matheus Serrano, Lucas Mai ( Adriel), Cristiano e Leonardo Braga; Vinicius Henrique ( Guilherme Vilas) e Geovanne.

Foto: JC

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MEMÓRIA DA BOLA


Pitico era um dos líderes dessa Ponte Preta de 1965
PRAGA DE MÃE

Em 1965 a Ponte Preta de Campinas alinhou para a foto os seguintes jogadores: em pé, a partir da esquerda, Albano, Bruninho, Andu, Lindoia, Pitico e Carlinhos; agachados, Noca, Baltazar, Paulinho, Friaça e Cido.
Fundada em 1900, a Ponte chegou à Primeira Divisão em 1951, mas, logo em 1960 foi rebaixada. Antigo ídolo, o médio Pitico, injustamente, foi quase banido do estádio Moysés Lucarelli.
Humilhado, recolheu-se num silêncio de cemitério. Mas não a sua mãe, que, indignada bradou contra a injustiça. Lançou uma maldição: a Ponte ficaria 7 anos na Segunda Divisão.
Passando ao largo da ameaça, a Ponte tratou de montar um time competitivo para voltar, sem demora, ao convívio com os grandes. A disputa tinha lá os seus imprevistos. Até que uma vez deu certo, e a velha Ponte Preta voltou à Primeirona...exatos 7 anos depois!
Não existe em Campinas pontepretano da velha guarda que não conheça e não acredite na força da Praga da Mãe do Pitico.

O ponta Germano e a condessa italiana Giovana Augusta

RUMO Á NOBREZA ITALIANA

Lá por 1962 chamava a atenção no Flamengo o ponta esquerda José Germano de Sales, o Germano, irmão do Fio Maravilha.
Rápido, drible fácil, chute forte e certeiro, não demorou para ser vendido ao Milan da Itália. Mas, a fama, consolidada em pouco tempo, não viria das façanhas nos gramados, e sim do namoro com a condessa Giovana Augusta, da estirpe aristocrática que tinha sobrevivido à revolução burguesa na Itália.
Família rica, orgulhosa, preconceituosa, e com poder para forçar o Milan a descartar Germano, emprestado ao Palmeiras em 1965, e depois ao futebol belga em 1966. A condessa fugiu e foi reencontrar o amado na Bélgica, casaram, tiveram uma filha e não viveram felizes para sempre.
Em 1970 o casamento chegou ao fim. Germano morreu em Minas, em 1997, aos 55 anos.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA


Em 1976 João Costa entrevistou Ademir da Guia no Alfredão
O DIVINO EM BAURU

 Centenário do Verdão, comemorações, lembranças, etc., dias atras, como se viu, o grande Ademir da Guia  foi homenageado em Bauru
A identidade dele com a cidade é muito antiga. Vem de 1951, quando, aos 9 anos de idade, acompanhou o pai, Domingos da Guia, contratado durante uma temporada, como técnico do Bauru A.C, o BAC.
Quanto ao Ademir, .dez entre dez palmeirenses da velha guarda, no estalo,  escalam o meia  no melhor Verdão de todos os tempos. A maioria também se rende à classe do Divino Mestre, incomparável na história do clube que ele serviu entre 1961 e 1977.
Naquele 1976, quando foi entrevistado pelo repórter João Costa, da Jovem Auri-Verde, Ademir da Guia ganhou seu último título estadual pelo Palmeiras. Aposentado como jogador, foi trabalhar nas escolinhas de futebol públicas frequentadas por menores carentes.
João Costa, com a mesma voz, segue junto ao microfone, hoje comandando a Manhã Colorida da Jovem Auri-Verde.

Essa Lusa, de 1951, era base da seleção brasileira

 A LUSA IRRESISTÍVEL

 O lusófilo Pedro Carvalho, chefe da torcida organizada da Portuguesa de Desportos, no Oeste Paulista, não se conforma com a iminência do rebaixamento para a Série C.
Com razão, porque está viva, na lembrança, a imagem daquela fantástica Lusa de 1951, base da seleção brasileira, conforme a foto, em pé, a partir da esquerda, Djalma Santos, Brandãozinho, Nena, Muca, Cecy e Noronha; agachados, Julinho, Renato, Nininho, Pinga e Simão.

A velha guarda corintiana também não esquece o ano de 1951. O Timão foi bicampeão paulista, mas, quando cruzou com a Lusa, levou aquela surra, 7 a 3, uma desgraça para o grande goleiro Gylmar dos Santos Neves,  imediatamente afastado e na reserva durante cinco meses.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA

Em 1950, o juiz Rodrigo Romeiro deu ponta-pé inicial em Jaú
 PONTA-PÉ DO JUIZ

Município em 1896, Bauru virou sede de Comarca em 1911. O primeiro juiz de direito, foi o advogado Rodrigo Marcondes Romeiro, que por  aqui ficou durante quase 20 anos.
Depois, mudou de cidade, mas reencontrou Bauru em 1950, quando foi homenageado  no derby regional amistoso reunindo o XV de Jaú e o BAC no extinto estádio Arthur Simões.
Como mostra a foto, Rodrigo Romeiro deu o ponta-pé inicial, ladeado pelo meia Américo Murollo , do XV, e pelo zagueiro Gino Bacci, do BAC.
Rodrigo Romeiro morreu em 1952, em Pindamonhangaba, e é, como se sabe, nome de rua em Bauru.

Esse XV de Jaú.estreou na Primeirona em 1952.
GALO DA COMARCA

O apelido de Galo vem desde os tempos do futebol amador, mas estreando no profissionalismo a partir de 1948, o XV não demorou para impor respeito.
Estreando no Paulistão em 1952, estraçalhou o São Paulo F.C. em pleno Pacaembu, 4 a 0. E no velho estádio Arthur Simões, meses depois, carimbou a faixa do campeão Corinthians, 3 a 1.
Com o time da foto, em pé, da esquerda para a direita, Servílio, Cotia, goleiro argentino Miguel Jayme, Gérsio, Rui e Almir; agachados, Guanxuma, Nestor, Silas, Pinga e Baduca.
O jogo, com estádio lotado, teve a arbitragem de Querubim da Silva Torres. Na classificação geral, entre os 16 disputantes, o Galo da Comarca pontuou no 7º lugar.
João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA




Os ferroviários fundaram em 1910 o E.C.Noroeste
EM VEZ DE FESTA TRISTEZA

Completando neste 1º de setembro, 114 anos, infelizmente o E.C.Noroeste  não estimula nenhuma festa.
Mesmo assim torna obrigatório um retorno aos tempos da sua fundação.  Quando os ferroviários da saudosa Estrada de Ferro Noroeste do Brasil entraram em campo pela primeira vez,  e logo  posaram para a foto diante do prédio da quadra 1 da rua 1º de Agosto, ao lado da Estação Ferroviária,. 
O prédio, como se pode conferir, continua ali, intacto, desde quando sediava os escritórios da ferrovia, e hoje é espaço de arquivo ferroviário, montado pela UNESP, e mais tarde transferido à Secretaria da Cultura do Município.
Conheço os detalhes, porque, à serviço da UNESP, em 1992,  iniciei, com uma equipe, os procedimentos para organizar o arquivo, recuperando e classificando toda a documentação da ferrovia , até então amontoada em depósitos.
Por falar em ferrovia...


Sucata de locomotivas e vagões na Estação abandonada de Bauru

UMA SUCATA INDECENTE!

À vista de todos,  a infraestrutura que no século passado fez Bauru decolar como metrópole regional, virou uma sucata indecente.
Que envergonharia qualquer país civilizado, status  que ainda não temos. Nos países civilizados, o principal meio de transporte de passageiros e de carga, continua sendo o trem, inventado em 1825. Nenhuma outra modalidade consegue, como o trem, combinar rapidez, conforto, segurança e economia.
Por isso, os países da Europa, assim como os Estados Unidos, o Japão, e a segunda potência mundial chamada China, caminham cada vez mais pelos trilhos, nas cidades e em toda a superfície dos seus territórios.
Enquanto isso, o Brasil, com ruas, avenidas e estradas congestionadas por ônibus, caminhões, automóveis e motos, segue como recordista mundial de congestionamentos e acidentes automobilísticos.  

João F. Tidei de Lima/ Historiador




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SUB-15 DO NOROESTE VENCE EM LIMEIRA


O Noroeste comandado pelo técnico Foguinho, foi até Limeira pra enfrentar a Internacional nesta segunda fase do campeonato e saiu vencedor pelo placar de 1 a 0. O gol noroestino foi marcado pelo zagueiro Jorge Gabriel de cabeça, após uma cobrança de escanteio.

O Noroeste jogou com: Matheus Dorico; Gabriel Lopes ( João Paulo). Jorge Gabriel, Cristiano e Leonardo Braga; Adriel, Matheus Serrano, Bruno Santos ( Lucas Mai) e Kadu ( Kauê); Vinícius Henrique e Geovanne ( Felipe).

O Norusquinha volta a jogar em Bauru, no próximo sábado contra o São Bento de Sorocaba, às 9 horas, com entrada grátis.





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MEMÓRIA DA BOLA



Em 1941, o presidente Vargas desfila no estádio de São Januário
 VIROU O JOGO
O dia de ontem, como registra a história, totalizou 60 anos desde o suicídio do presidente Getúlio Vargas.
Impossível não reconhecer que o Brasil republicano tem dois momentos distintos, antes e depois de Vargas. Até 1930 as poderosas oligarquias regionais governavam o país como se ele fosse uma grande fazenda. Não havia voto secreto, as mulheres não votavam,assim como também os menores de 21 anos. Com a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, o quadro se modificou e o Brasil começou a ser entronizado no mundo industrial 
Deposto em 1945, Vargas retornaria ao poder nas eleições de 1950, costurando um modelo político nacionalista e populista. Até que, em 1954, militares e líderes políticos golpistas  pressionaram pela sua renúncia. Ele reagiu, praticando o suicídio, no Palácio do Catete, no Rio.  Conseguiu virar o jogo, saindo da vida para entrar na história. Vitorioso e consagrado. 

 
Em 1961, o presidente Jânio Quadros recebeu campeões mundiais em Brasília
ESCONDENDO O JOGO
No nosso calendário político, o dia de hoje, obrigatoriamente, remete ao 25 de agosto de 1961, data da surpreendente renúncia do presidente Jânio Quadros
Que, meses antes, tinha recebido no Palácio do Planalto, em Brasília, os campeões mundiais Castilho, Bellini, Djalma Santos, Gylmar, acompanhados pelo presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais, Gérsio Passadori
Na ocasião, Jãnio elogiou os jogadores, mas não deu nenhuma pista do seu jogo político, onde se encaixaria a futura renúncia, lance de uma tentativa de golpe de Estado. Ele achava que seria reconduzido ao Palácio nos braços do povo. Com ilimitados poderes, dignos de um ditador...
 
João F. Tidei de Lima/ Historiador
 

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MEMÓRIA DA BOLA

 
 AQUELE NORUSCA!

Nos saudosos tempos da Primeirona o nosso E.C.Noroeste e e o Santos F.C. se enfrentaram dezenas de vezes. Na Era Pelé foram nove anos seguidos (1958-1966).
Não esqueço do Paulistão de 1958, mais de 10 mil pessoas lotando o velho Alfredão, em campo para encarar aquele Norusca inesquecível um super Santos com 3 campeões mundiais, Zito, Pelé e Pepe
Depois do 0 x 0 do primeiro tempo, o gol solitário do volante Diógenes aos 25 minutos, Norusca 1 a 0, com o time da foto: em pé, a partir da esquerda, Gaspar, Diógenes, Pierre, Fernando, Pedro, Julião e o massagista Romeu; agachados, Valeriano, Marinho, Wilson, Berto e Ismar. 
O saudoso Diógenes de Abreu, dono de um futebol clássico, cirurgião dentista, .logo tornou-se professor da FOB,  na USP, em Bauru.


60 ANOS ATRÁS
Sétimo colocado entre os 20 disputantes do Paulistão de 1958, o Norusca  parecia consolidado na Primeirona. 
A velha guarda não esquece da estréia entre os grandes,  60 anos atrás. ano do 4º Centenário de São Paulo. Na lembrança as imagens da visita do campeão daquele ano, o Corinthians, escalado pelo técnico Oswaldo Brandão. Quase com o título garantido, fazendo 3 x 2 até os 46 do 2º tempo, quando o Norusca faz 3 x 3. A torcida aplaude e reconhece a grande atuação de Nelson Faria no meio campo, e de Mingão e Amaro na defesa. 
 
João F. Tidei de Lima/ Historiador

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