MEMÓRIA DA BOLA

À direita o ponta Ismar, ao lado do irmão Aldemar
AMARGO REGRESSO

Ano de 1957, Torneio de Classificação entre os 19 clubes da Primeirona para escolher os "dez mais" que disputariam o Paulistão daquele ano. 
Última vaga decidida no Pacaembu, entre Botafogo e Noroeste. Mais de mil bauruenses, eu incluído, viajando pelo trem rápido da Companhia Paulista, um primor de conforto e segurança.
Aos 18 segundos de jogo, o ponta noroestino Ismar - na foto ao lado do irmão, o palmeirense Aldemar - cobrou uma falta e fez Noroeste 1 a 0. Começamos a comemorar a classificação. De repente, e estranhamente, o Norusca travou e o Botafogo deslanchou, fazendo 4 a 1. Entre nós, torcedores, perplexidade, inconformismo, indignação e revolta. Na cabine de rádio, o saudoso  locutor José Fernando do Amaral, da PRG-8 Bauru Rádio Clube, reagiu, abandonando a transmissão; entregou o microfone ao plantonista Sylvio Carlos Simonetti, o Syca, (1939-2013), ao seu lado,  para a conclusão da narração e dos trabalhos. 
Jogo terminado, em clima de velório a nossa massa torcedora se arrastou  para o embarque, na  Estação da Luz. . E só na majestosa estação de Bauru,  horas depois, em plena madrugada, chegou ao  fim aquele amargo regresso.... 


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Botafogo de Ribeirão Preto, campeão do Torneio Início de 1957
TORNEIO INÍCIO

Paulistão de 2015 à vista. Até algumas décadas atrás tinha um grito de largada diferente. Era o chamado Torneio Início, um toque de reunir ou uma espécie de reunião fraterna antes da guerra começar.
Os times disputantes geralmente se apresentavam no Pacaembu, a partir das 12 horas, jogos eliminatórios de 20 minutos, em dois tempos, bastava um escanteio para eliminar, sobravam dois finalistas para a decisão do título em partida de 60 minutos, dois tempos de 30.
Caçula da Primeirona, o Botafogo de Ribeirão Preto estreou  com brilho e competência. Venceu o Torneio Início de 1957, batendo na final o Guarani de Campinas por 2 a 1. Na foto uma das suas formações: em pé, a partir da esquerda, Dicão, Tarciso, Tiri, Guina, Antonio Julião e o goleiro Machado; agachados, Laerte, Silva, Antoninho, Henrique e Géo.


Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista



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PARCERIA COM A FERROVIÁRIA JÁ TEM BASES DEFINIDAS

Toninho Gimenez
O gestor do Noroeste, Toninho Gimenez, manteve contato ontem com o presidente da Ferroviária de Araraquara, Carlos Salmazo, para definir as bases da parceria que os dois clubes pretendem fechar visando a participação do Norusca na Série B do Campeonato Paulista (Quarta Divisão), a partir de abril.

A Ferroviária está na Série A-2 do Estadual, que começa em fevereiro. A formalização do acordo depende apenas de uma reunião entre Salmazo e dirigentes do clube araraquarense, mas pelo que o JC apurou, a parceria é dada como praticamente certa no Estádio Alfredo de Castilho. A expectativa é que o acordo seja sacramentado até a próxima segunda-feira.

Na tratativa de Gimenez com o presidente da Ferroviária, ficou acordado que serão 15 atletas cedidos sem custo ao Noroeste, com os salários pagos pelo clube de Araraquara. Virão ainda um preparador de goleiros e um treinador, no caso João Martins, coordenador das categorias de base da equipe grená. O Alvirrubro terá como despesa a manutenção dos atletas e dos dois profissionais da comissão técnica, com a alimentação e moradia em Bauru.

O restante do elenco para a Série B será composto por atletas do próprio Norusca. Do time que disputou a Copa São Paulo, estão confirmados na equipe principal os zagueiros Rafael, Lucas Matheus e Luciano, o lateral-direito Bruno Silva, os volantes Café e João Pinta, o meia Patrik (que teve o empréstimo renovado até o fim do ano junto ao Grêmio Novorizontino) e os atacantes Allyson, Alex, Tucho e Juninho.

A maioria tem vínculo terminando no fim deste mês, e a diretoria vai prorrogar o prazo até novembro, profissionalizando aqueles que ainda eram amadores. Também estão confirmados no elenco da Série B o lateral-direito Daniel e o lateral-esquerdo Rafael Silva, remanescentes da Série A-3.

Grêmio
O Noroeste pode ainda buscar outro parceiro para completar o elenco em posições pontuais, além dos garotos da base que jogaram a Copinha. O Grêmio é um possível parceiro, mas o custo seria bem mais elevado do que com a Ferroviária, pois a maioria dos atletas do clube gaúcho ganham salário acima de R$ 7 mil, o que torna as taxas de transferência e registro na Federação Paulista de Futebol (FPF) mais caras – situação que o Alvirrubro já viveu em 2014, com atletas do São Paulo.

Cessão do Complexo
A diretoria ainda estuda a viabilidade de transferência de todo o Complexo Damião Garcia para a Prefeitura de Bauru, através de comodato, com uso preferencial do Noroeste, para reduzir custos. A proposta, entretanto, gera divisão entre torcedores e Conselho Deliberativo, e também não é consenso no Palácio das Cerejeiras. Ontem, o advogado do Sindicato dos Atletas Profissional de São Paulo, Filipe Rino, notificou a Prefeitura, que não poderia receber o Complexo por conta da penhora do Ginásio Panela de Pressão em ações trabalhistas. “Ainda não recebemos nada. Há o interesse em futuramente administrar a área, é uma forma de ajudar o clube, mas isso passa primeiro pelo Conselho e Diretoria do Noroeste, e depois pela parte jurídica da Prefeitura e na Câmara. Não é imediato”, pondera o secretário de Esportes, Roger Barude.

Fora
Apenas dois jogadores da Copa SP foram dispensados: o goleiro reserva Hugo e o lateral-esquerdo Jô. Os demais, que permanecem no clube mas não serão aproveitados no time principal, jogarão o Campeonato Paulista Sub-20 da Segunda Divisão, a partir de abril, sob o comando do técnico Luciano Sato, que acumulará a função de gerente de futebol. Esta será a única competição estadual das categorias de base que o clube disputará. Já o volante Luiz Azevedo foi emprestado ao Campinense, para a disputa do Campeonato Paraibano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil, e pode ser negociado em definitivo futuramente. Já o goleiro Wellington está atuando por empréstimo no Aimoré, da Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho, e deve retornar para a Série B.

Thiago Navarro/ Jornal da Cidade

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MEMÓRIA DA BOLA


Em 1959, Dudu protege o goleiro Rosan, no Parque São Jorge

INÍCIO NA FERROVIÁRIA

Aquele Dudu, do imortal Palmeiras, começou a carreira na inigualada Ferroviária, de Araraquara.
Cidade-sede da saudosa Estrada de Ferro Araraquarense. Seguindo o exemplo dos colegas de Bauru, Campinas, Sorocaba, Botucatu e Assis, os ferroviários de Araraquara, à altura de 1950, resolveram fundar um clube de futebol, a Associação Ferroviária de Esportes. 
Hoje, nas divisões de baixo, como o E.C.Noroeste, a Ferroviária chegou à Primeirona em 1955, logo impôs respeito revelando jogadores e desafiando os grandes na classificação geral. 
Conquistou um honroso 3º lugar no Paulistão de 1959, vencido pelo Palmeiras. Quando também, enfrentou o Corinthians diante do maior público da história do extinto Parque São Jorge. Os 32.419 pagantes  presenciaram  a vitória - 2 a 0 - do alvi-negro, com lances como o da foto: defesa do goleiro Rosan, assediado pelo corintiano  Joaquinzinho e protegido pelo médio Dudu.     
Apitou o jogo , Stephan Walter Glanz, da Federação Paulista de Futebol 


Esse Palmeiras , de Dudu, faturou títulos em 1972/73/74

O OUTRO DUDU

O Palmeiras, como se viu, peitou São Paulo e Corinthians e ganhou a parada para trazer um tal de Dudu, com passagens pela Ucrânia, Grêmio de Porto Alegre, etc.
Se esse  cara jogar pelo menos a metade do que jogava o outro Dudu, cerca de 50 anos atrás, o Verdão terá fechado um grande negócio.
Olegário Tolói de Oliveira, apelido de Dudu, saiu de Araraquara para desembarcar no Parque Antarctica, aos 25 anos, em 1964. Escalado como volante, formou dupla com o meia Ademir da Guia durante 10 anos
Como aparece na foto, em pé, a partir da esquerda: Eurico, Leão, Luís Pereira, Alfredo, Dudu e Zeca; agachados, Edu, Leivinha, César, Ademir da Guia e Ney.
Colecionou títulos regionais e nacionais, alem de representar, com o seu Palmeiras, a seleção brasileira na inauguração do Mineirão em 1965, vitória de 3 a 0 contra o velho rival, o Uruguai. 

João F. Tidei de Lima/ Historiador




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