MEMÓRIA DA BOLA

O técnico Guerrinha comanda o basquete campeão
BAURU BASQUETE

Tenho acompanhado, pela televisão, os shows dessa máquina tecnicamente orientada pelo Jorge Guerra, o Guerrinha. Que tem como auxiliar Hudson Previdello,  fisioterapeutas Rogério Lourenço e Giancarlo Felipe, roupeiro José Maria Fernandes, preparador físico Bruno Camargo, médico Luciano Camargo, e mordomo Alexandre Martiniano.
Vibrei com a Panela superlotada explodindo no lance final contra Limeira, semana retrasada, aqueles 90 a 89. Um jogo, como se diz, para os anais.
Aos 56 anos, Guerrinha, com vitórias e títulos nacionais e internacionais, segue na carreira iniciada muitas décadas atrás no timaço do Clube dos Bagres, de Franca, ao lado de Hélio Rubens, sob orientação de Pedro Morilla Fuentes, o Pedroca.. 
Com a camisa da seleção brasileira, Guerrinha seria  campeão Pan-americano em 1987 nos Estados Unidos. 

Técnico brasileiro Otto Glória em Portugal
CÁ E LÁ

Pedir o significado de festa, oceano, quaresma e secretário no Brasil, terá, obviamente   como resposta: comemoração, grande extensão de água salgada,  referência do calendário religioso, e burocrata.
Em Portugal, se a indagação for dirigida aos torcedores da velha guarda, a resposta poderá ser outra:
-Tu não sabes, pá? Esses gajos jogaram na seleção de Portugal, pois, pois!
De fato, Oceano Secretário, nas décadas de 1980/90, vestiram a camisola encarnada da seleção portuguesa. Recuando  até os anos 1960, a lateral direita, ou defesa direita. como se diz na terra deCamões, foi ocupada durante anos, por Festa e Quaresma.
E sob orientação do brasileiro Otto Glória, que em 1966 escalou a melhor seleção portuguesa de todos os tempos, 3ª colocada na Copa do Mundo da Inglaterra, despachando inclusive o Brasil nas oitavas de final.   


Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista

Leia mais...

Fotos de Paulo Vigentas “Pauluca,” ex atacante do Noroeste ,nos anos 50.

PAULUCA


Os meus agradecimentos ao  Fernando Gastaldelli, sobrinho do Pauluca, pelo envio das fotos. E tambem ao João Carlos Amâncio Franco por ter feito o meio de campo, para que se tornasse  possível das fotos serem postadas aqui no Blog do Norusca.

Leia mais...

MEMÓRIA DA BOLA

 

Em 1999, Edmundo com a camisa do Vasco, no Rio.

EM VEZ DA BOLA,PANDEIRO E CUÍCA

Bom de bola, mas ruim de cachola. Era o atacante Edmundo Alves de Souza Neto, hoje com 44 anos.
No campo esbanjava talento e vontade de ganhar. Mas, fora dele, quantos problemas!
Na rápida passagem por Florença, um capítulo que não deixou saudades por lá. A Fiorentina, treinada por Giovani Trapattoni, liderava o campeonato italiano de 
1998/99,, de olho no terceiro título, Edmundo decidindo, com gols e jogadas de craque.
Até, claro, a chegada do nosso Carnaval. Edmundo mandou às favas seus companheiros de trabalho, a torcida de Florença, e veio curtir o sol, o sal e o samba na orla carioca
Enquanto isso, a Fiorentina despencava. Terminaria o campeonato em terceiro lugar. E por isso, não pensou duas vezes: devolveu a mercadoria para o Brasil, descarregada  na Rua  São Januário, estádio  do Vasco da Gama.

Em 1955, o ponta Julinho, com a camisa da Fiorentina
ESTE DEIXOU SAUDADES...

Na outra extremidade, em matéria de caráter e temperamento, o paulista Júlio Botelho, Julinho, escreveu história diferente  quando passou  pela bela Florença. 
Começando a carreira no C.A.Juventus, em 1950,  Julinho (1929-2003) logo foi contratado para formar no maior time da história da Portuguesa de Desportos, ao lado de Djalma Santos,  Brandãozinho, etc. Em 1954 estava defendendo o Brasil na Copa do Mundo da Suiça.
Em 1955, o desembarque em Florença para ajudar a Fiorentina a conquistar seu primeiro título italiano. Saudoso do Brasil, não demorou para voltar, contratado pelo Palmeiras, onde  festejou  o título  paulista de  1959.
Até hoje, restaurante de Florença ostenta placa homenageando um de seus fregueses ilustres,   o inesquecível Julinho.

Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista

Leia mais...

MEMÓRIA DA BOLA

   


Em 1956, jornalistas alinhados no estádio do BAC

JORNALISTAS CONTRA ÁRBITROS

Os árbitros da Liga Bauruense de Esportes, lá por 1956,  também entravam em campo para judiar da bola. De preferência contra os cronistas  do Rádio (PRG-8, Auri-Verde) e dos jornais diários (Diário de Bauru, Folha do Povo, Correio da Noroeste), que costumavam não perdoar os erros da arbitragem.
Depois do pega, evidentemente, o papo em torno do barril de chope para regar aquele churrasco. 
Antes, o registro fotográfico, em pé, a partir da esquerda, vereador José Marques, dirigente da Liga, Nelson Miranda, Scarabotto, Jayme, Leovani, Belgo, Antoninho, Lourivetti e o árbitro Pedro de Campos; agachados, Valzinho, Hélio, Nair, Tentor e Nadyr Serra.
A quase totalidade do grupo já não está maIs por aqui. Mas o Antonio Demerval Belgo (sexto em pé) perto dos 85 anos, continua jogando e ensinando tênis...


Em 1956, jornalistas alinhados no estádio do BAC

ORFEU DO CARNAVAL

Breno Higino de Melo (1931-2008), foi meia direita daquele histórico Grêmio Esportivo Renner, fundado por funcionários de uma emprêsa e que em 1954   quebraria a hegemonia do Gre-Nal, ao festejar o título de campeão gaúcho.
Anos depois do título estadual, Breno deixaria o Sul, contratado pelo Fluminense do Rio. À altura de 1957/58, teve convite do diretor Marcel Camus para estrelar o filme Orfeu do Carnaval, projetado a partir de adaptação do texto do poeta Vinicius de Moraes, focando favelados do Rio de Janeiro.
Orfeu do Carnaval foi vencedor da Palma de Ouro do festival de Cannes, de 1959, e ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960 nos Estados Unidos.


Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista


Leia mais...

MEMÓRIA DA BOLA

Em 1956, os torcedores  acompanharam este E.C.Noroeste.

ESTAÇÃO DE LINS À VISTA

Maior entroncamento ferroviário do interior paulista, 25 trens de passageiros diários, meia dúzia de carga, cerca de 1.000 pessoas circulando diariamente  pela sua majestosa estação, eis Bauru, a maior cidade do centro-oeste paulista.
Naquele 1956, o E.C.Noroeste, na Primeirona, disputou a decisão do Torneio Início com o Guarani. Foi vice-campeão. Presidido por Waldemar de Almeida Vale e Silva, buscou reforços, a começar pelo novo técnico, Armando Renganeschi.
Contratou o goleiro Julião, ex-América e Bonsucesso do Rio de Janeiro, e o centro-avante Marinho, ex-BAC, Fluminense, Genoa da Itália. 
Disputa do Torneio de Classificação para a escolha dos "dez mais". Embarquei, com mais 1.200 torcedores no trem fretado junto à E.F.Noroeste, puxado por uma Maria-Fumaça. Cento e cinquenta quilômetros e algumas horas depois desembarcamos na estação de Lins. Rápida caminhada até o estádio. Norusca em campo, Julião e Marinho estreando, com os novos companheiros, em pé, a partir da esquerda, Fernando, Tomazzi, Mingão, Pierre, Julião e Vila; agachados, Nivaldo, Marinho, Wilson, Valeriano e Ismar.
Placar final, Linense 4 a 1. Apesar da vitória, assim como o Noroeste  ficou fora do Paulistão daquele ano. Disputaram a chamada série B, por sinal vencida pelo Norusca.


 
Estrelas do campeão Cruzeiro no trem da Rede Ferroviária Federal

FUTEBOL NOS TRILHOS

O  mundo civilizado, como se sabe, em grande parte se comunica pelos trilhos. Os países que tem as principais fábricas de automóveis  - Estados Unidos, Alemanha, Japão, Itália, França, Coréia do Sul e China -  também oferecem os trens mais rápidos e modernos.
Este subcontinente chamado  Brasil, cerca  de meio século atrás, em boa parte ainda   caminhava  pelos trilhos, 37 mil km de malha ferroviária, bem  mais da metade servindo os Estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. 
São Paulo oferecia as composições mais modernas, mas a maior extensão cortava o território de Minas, em direção à Goiás, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
À altura de 1966, o melhor time da história do Cruzeiro, ganhava títulos estaduais e nacionais viajando principalmente pelos trens da Rede Ferroviária Federal S.A.foto mostra em uma das estações, a partir da esquerda o meia Dirceu Lopes, o médio  Wilson Piazza e o craque-artilheiro  Tostão.


Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista


Leia mais...