MEMÓRIA DA BOLA

Em 1956, os torcedores  acompanharam este E.C.Noroeste.

ESTAÇÃO DE LINS À VISTA

Maior entroncamento ferroviário do interior paulista, 25 trens de passageiros diários, meia dúzia de carga, cerca de 1.000 pessoas circulando diariamente  pela sua majestosa estação, eis Bauru, a maior cidade do centro-oeste paulista.
Naquele 1956, o E.C.Noroeste, na Primeirona, disputou a decisão do Torneio Início com o Guarani. Foi vice-campeão. Presidido por Waldemar de Almeida Vale e Silva, buscou reforços, a começar pelo novo técnico, Armando Renganeschi.
Contratou o goleiro Julião, ex-América e Bonsucesso do Rio de Janeiro, e o centro-avante Marinho, ex-BAC, Fluminense, Genoa da Itália. 
Disputa do Torneio de Classificação para a escolha dos "dez mais". Embarquei, com mais 1.200 torcedores no trem fretado junto à E.F.Noroeste, puxado por uma Maria-Fumaça. Cento e cinquenta quilômetros e algumas horas depois desembarcamos na estação de Lins. Rápida caminhada até o estádio. Norusca em campo, Julião e Marinho estreando, com os novos companheiros, em pé, a partir da esquerda, Fernando, Tomazzi, Mingão, Pierre, Julião e Vila; agachados, Nivaldo, Marinho, Wilson, Valeriano e Ismar.
Placar final, Linense 4 a 1. Apesar da vitória, assim como o Noroeste  ficou fora do Paulistão daquele ano. Disputaram a chamada série B, por sinal vencida pelo Norusca.


 
Estrelas do campeão Cruzeiro no trem da Rede Ferroviária Federal

FUTEBOL NOS TRILHOS

O  mundo civilizado, como se sabe, em grande parte se comunica pelos trilhos. Os países que tem as principais fábricas de automóveis  - Estados Unidos, Alemanha, Japão, Itália, França, Coréia do Sul e China -  também oferecem os trens mais rápidos e modernos.
Este subcontinente chamado  Brasil, cerca  de meio século atrás, em boa parte ainda   caminhava  pelos trilhos, 37 mil km de malha ferroviária, bem  mais da metade servindo os Estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. 
São Paulo oferecia as composições mais modernas, mas a maior extensão cortava o território de Minas, em direção à Goiás, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
À altura de 1966, o melhor time da história do Cruzeiro, ganhava títulos estaduais e nacionais viajando principalmente pelos trens da Rede Ferroviária Federal S.A.foto mostra em uma das estações, a partir da esquerda o meia Dirceu Lopes, o médio  Wilson Piazza e o craque-artilheiro  Tostão.


Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista


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