MEMÓRIA DA BOLA



Em 1941, o presidente Vargas desfila no estádio de São Januário
 VIROU O JOGO
O dia de ontem, como registra a história, totalizou 60 anos desde o suicídio do presidente Getúlio Vargas.
Impossível não reconhecer que o Brasil republicano tem dois momentos distintos, antes e depois de Vargas. Até 1930 as poderosas oligarquias regionais governavam o país como se ele fosse uma grande fazenda. Não havia voto secreto, as mulheres não votavam,assim como também os menores de 21 anos. Com a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, o quadro se modificou e o Brasil começou a ser entronizado no mundo industrial 
Deposto em 1945, Vargas retornaria ao poder nas eleições de 1950, costurando um modelo político nacionalista e populista. Até que, em 1954, militares e líderes políticos golpistas  pressionaram pela sua renúncia. Ele reagiu, praticando o suicídio, no Palácio do Catete, no Rio.  Conseguiu virar o jogo, saindo da vida para entrar na história. Vitorioso e consagrado. 

 
Em 1961, o presidente Jânio Quadros recebeu campeões mundiais em Brasília
ESCONDENDO O JOGO
No nosso calendário político, o dia de hoje, obrigatoriamente, remete ao 25 de agosto de 1961, data da surpreendente renúncia do presidente Jânio Quadros
Que, meses antes, tinha recebido no Palácio do Planalto, em Brasília, os campeões mundiais Castilho, Bellini, Djalma Santos, Gylmar, acompanhados pelo presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais, Gérsio Passadori
Na ocasião, Jãnio elogiou os jogadores, mas não deu nenhuma pista do seu jogo político, onde se encaixaria a futura renúncia, lance de uma tentativa de golpe de Estado. Ele achava que seria reconduzido ao Palácio nos braços do povo. Com ilimitados poderes, dignos de um ditador...
 
João F. Tidei de Lima/ Historiador
 

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