MEMÓRIA DA BOLA

Ataque do Noroeste, que viajou à Bolívia, por trem
Á QUEM APELAR?

Nossa vitrine ferroviária segue inabalada como sucata indecente, cercada por mato e lixo. Com milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza,nem parece que o país perde milhares de toneladas de cereais por falta de transporte ferroviário a partir de regiões produtoras,  caminhões congestionando estradas e fazendo filas de dezenas de quilômetros nos pontos de desembarque. Os caminhoneiros aguardando dias seguidos para transferir a carga...
Uma das regiões produtoras, como se sabe, é o vizinho Mato Grosso do Sul, no passado umbilicalmente ligado ao nosso Estado e aos seus portos. Claro, pelos trens. Como me lembrou outro dia o José Carlos Coelho, o cerebral centro avante Zé Carlos, titular do Noroeste de todos os tempos.
 recordava uma excursão de 1964, atravessando todo o território matogrossense, com destino à Bolívia. Ponto de partida, a majestosa estação ferroviária da praça Machado de Mello. No torneio com três equipes bolivianas, o Norusca venceu todas. Zé Carlos foi o artilheiro, comandando o ataque que aparece na foto: Daniel, Araras, Zé Carlos, Lourival e Ailton.

 
Convocaram o Ditão desse Flamengo, em vez do Ditão do Corinthians.
 
POR FALAR EM SELEÇÃO

Uma viagem até 1966, ano da Copa do Mundo na Inglaterra. Pressões de todo lado, a CBD (hoje CBF), sediada no Rio, convocou 44 jogadores para os treinamentos.
Entre os convocados, uma surpresa: o zagueiro Ditão, do Flamengo, em vez do seu irmão mais famoso, o Ditão, do Corinthians, esta sim, uma convocação esperada.  Semanas depois, o pessoal já treinando, descobriu-se a origem da troca. A secretária da CBD, por não saber o nome completo do corintiano (Geraldo Ferreira do Nascimento- 1938/1992), telefonou e perguntou a um jornalista carioca, simplesmente o nome completo do Ditão. Sem saber de nada, o jornalista passou-lhe o nome do Ditão, do Flamengo, que aparece na foto:
em pé, a partir da esquerda: Murilo, Waldomiro, Jaime, Ditão, Carlinhos e Paulo Henrique; agachados, Neves, João Daniel, Silva, Fefeu e Rodrigues.
 
João F.Tidei de Lima/ Historiador

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