De fora, Bonfim torce por um final feliz



Capitão e símbolo da ‘Era Damião’, zagueiro lamenta crise nos bastidores e espera sair da degola

Ao lado de Yuri, ele foi poupado das críticas da torcida noroestina nos últimos jogos. Para falar a verdade, teve até seu nome gritado pela raça e entrega em campo. Mas quis o destino que o zagueiro Bonfim ficasse de fora justo do jogo mais importante do Noroeste neste ano.

Ele cumprirá suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo recebido na derrota para o Santo André, no sábado. Assim, ficará de fora do jogo contra o Capivariano, no domingo, às 10h, no Alfredão.
A partida pode representar a queda do time bauruense para a Série A-3.

Situação que incomoda – e muito – o atleta, símbolo da “Era Damião Garcia” e que conviveu com o período de vacas gordas que o clube passou. Ele chegou em 2003 ainda nas categorias de base e virou um dos ídolos da torcida na sua primeira passagem até 2010.

“Realmente não imaginava que seria assim tão rápido. Eu sabia que não seria igual como antes, mas acreditava que a cidade abraçaria mais a causa do time. Na minha primeira passagem falavam que o Damião não abria o clube para outras pessoas. Hoje podem estar arrependidos disso”, comentou.

Ele retornou neste ano para ser o capitão nesta reformulação pela qual o clube passou. Se transformou num dos líderes do elenco e se destacou na zaga do clube. Nem mesmo a má fase atual, com nove jogos sem vitória, afetou sua reputação diante da diretoria, comissão técnica e torcedores.

Porém isso não o deixa feliz. O fato de ter ficado mais da metade do campeonato na zona de classificação para a segunda fase e ter que terminar lutando para não cair o deixou cabisbaixo nas dependências do Alfredão. Tudo isso aliado à crise administrativa do clube.

“A situação poderia fluir diferente. Mas são coisas que acontecem. Nos resta continuar na A-2 para dar tempo a essa diretoria para ganhar mais experiência. Nós vemos que eles são pessoas que gostam do clube”, afirmou.

É o que resta ao capitão noroestino. Torcer para a equipe continuar na A–2 e não manchar sua história no Alfredão.

Gustavo Longo/ Bom Dia Bauru

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