VAI TER CORTE....


...mas não é no elenco: parte dos tradicionais eucaliptos será vendida para arrecadar fundos

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, nada impede o corte; motivo para a ação é necessidade de recursos

Os tradicionais eucaliptos do Estádio Alfredo de Castilho estão com os dias contados. Presentes praticamente desde a inauguração do Alfredão, em 1960, parte das árvores serão cortadas para levantar recursos ao clube e para liberar uma área para um novo campo de treino.

De acordo com o presidente Anis Buzalaf Jr., uma parte dos eucaliptos serão preservados, e o restante da área será utilizada para a construção de um campo, que será aproveitado para futura escolinha de futebol para crianças de 6 a 12 anos. “Já temos três empresas interessadas em comprar a madeira, e isso pode nos render uma boa verba. Se outras empresas estiverem interessadas em adquirir a madeira, pode nos procurar até segunda-feira, pois durante a próxima semana já queremos dar andamento nisso. Vamos ver qual será a melhor proposta”, explica Buzalaf, que deve receber os orçamentos no começo desta próxima semana.

O dirigente frisa que não vai acabar com a tradição dos eucaliptos no Alfredão. “Uma parte das árvores vai ficar, e vamos plantar mudar de eucalipto nas proximidades do muro, perto de onde estão os eucaliptos atuais, e também perto da arquibancada. O Conselho Deliberativo já aprovou esse pedido. Pegando as propostas, a gente já passa para o Conselho finalizar isso”, detalha o presidente noroestino, que ainda não sabe quanto poderá arrecadar com a venda da madeira.

Legal

A reportagem conversou com o secretário municipal do Meio Ambiente, Valcirlei Gonçalves da Silva, que a princípio não vê restrições ao corte. “Por se tratar de uma espécie exótica (ou seja, que não faz parte da flora da região), nada impede o corte. Pelo que me lembro, os eucaliptos do Noroeste também não fazem parte da relação de árvores “tombadas”, aqueles que não podem ser cortadas. A princípio, nada impede o corte”, explica o titular da Semma.

“Claro que tem a questão da tradição, é até difícil imaginar o estádio do Noroeste sem os eucaliptos ali, mas legalmente nada impede que sejam cortados”, conclui.

Thiago Navarro/ Jornal da Cidade

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