Rival noroestino da final, Audax tem retrospecto melhor fora de casa do que em SP
Se existe uma conclusão clara quando se analisa o Audax, adversário do
Noroeste na final da Copa Paulista, é que o time da Capital é um
visitante indigesto. A equipe paulistana mostra isso nos números da
Copinha, onde venceu mais vezes longe de seus domínios. A campanha fora
de São Paulo é de cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Jogando em casa, no Estádio Nicolau Alayon, o time ganhou quatro vezes,
empatou três e perdeu seis. Nas semifinais, quando eliminou a
Ferroviária, o Audax empatou a primeira partida em 1 a 1 em seu mando de
campo e buscou a vaga fora de casa com uma vitória por 2 a 0.
O retrospecto do adversário aumenta a importância da primeira partida
da decisão, que será realizada neste domingo, às 10h, no Estádio Alfredo
de Castilho. Os jogadores do Noroeste estão cientes de que o duelo é
crucial na disputa pelo título. “Este primeiro jogo será fundamental
para ver quem será campeão. O time deles é muito experiente, com
jogadores que disputaram grandes campeonatos. Então, todo cuidado é
pouco. Mas final é um jogo diferenciado e acredito que a gente vai
procurar dificultar o máximo, sabendo que eles jogam melhor fora de
casa, pelo campo do Nacional ser pequeno”, comenta o meia Velicka.
“Vamos procurar a vitória a todo momento. Se não conseguirmos, vamos
procurar não perder, sabendo que o campo pequeno lá vai complicar para
qualquer um dos lados correr para tirar o prejuízo”, acrescenta.
O também meia Gilsinho aponta o favoritismo do Audax pela experiência
do adversário e espera um visitante perigoso. “Vai ser um jogo difícil. O
time do Audax é favorito ao título, pelo plantel, estrutura, mas
estamos tranquilos e isso não vai fazer diferença dentro de campo. Vamos
trabalhar durante a semana e focar na final. Temos que fazer um grande
jogo, acima da média para sairmos daqui vitoriosos”, aponta. Velicka
concorda que o favoritismo, antes do jogo começar, está com a equipe da
Capital, e aposta na entrega em campo para reverter qualquer
prognóstico. “Eles são favoritos. Têm jogadores rodados, experientes,
com salários altos e estrutura diferenciada. São favoritos, mas quem
estiver com mais coração pode levar. A gente vai fazer de tudo para ser
campeão”, promete.
Pressão
Se o Audax é favorito, existe um lado positivo na questão. A pressão de
vencer também fica para o time da Capital. Algo que pode se reverter em
benefício ao Norusca, que joga sem carregar o peso da obrigação de
vitória. O raciocínio é válido até o momento do jogo, entende Gilsinho.
“A gente entra mais tranquilo, mas sabe que todo mundo quer o título e
ninguém fala outra coisa. É um trabalho de seis meses e vai ser um
orgulho para mim ter saído daqui em um momento de rebaixamento (2009) e
voltar para ser campeão. Agradeço a Deus por estar participando do
Noroeste de novo e em uma final. Isso é muito importante”, declara
Gilsinho. “A gente vai contar com o apoio da torcida e fazer um grande
jogo domingo. O jogo mais importante é domingo, se a gente conseguir a
vitória, com certeza o título vai vir”, conclui.
Wagner Teodoro/ Jornal da Cidade
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