Em 1961, o ponta Gelson, ladeado por dirigentes do Noroeste |
Primo do artilheiro Valdo, do
Fluminense, o ponta carioca Gelson Vieira Gomes, desembarcou em Bauru
em 1959. Não demorou para brilhar naquele ataque de 1960, inigualado até
hoje: Batista, Toninho, Zé Carlos, Maneca e Gelson.
Daí, o assédio dos chamados grandes.
O Corinthians chegou primeiro,
e em fevereiro de 1961 o presidente Vicente
Matheus, por Cr$3.250.000,00, levou Gelson para o Parque São
Jorge.
Um pouco antes, já de olho no Timão,
ele havia renovado contrato com o Noroeste, como mostra a foto: Gelson,
tem ao seu lado o presidente do clube, Darcy César Improta (à dir.) e o
secretário geral Osvaldo Rodrigues Azenha. Em pé, o vice-presidente Nobuji
Nagasawa.
Pois bem, o Gelson passou
rápido pelo Corinthians, depois uma temporada no Juventus,
e uma incursão prolongada, pela Argentina e pela Colômbia.
E não é, que eu reencontro o Gelson,
mês passado, na festa da Portuguesinha no BTC?
Aos 72 anos, firme e forte,
saboreando o churrasco, ao lado de um outro antigo noroestino, o ex-ponta direita, hoje técnico vitorioso, Varley Batista de Carvalho, pai do
Breitner...
O técnico Varley, entre os jogadores Hélinho (à esq,) e Wallace, em 1979 |
O PAI DO BREITNER
Filho do Varley,
Breitner, 28 anos, atende com competência e simpatia os clientes de uma
agência de veículos em Bauru.
O nome vem
de uma homenagem que o pai quís prestar ao lateral alemão Breitner, um
dos destaques daquela seleção campeã mundial comandada por Beckenbauer,
em 1974.
No papo da
festa da Portuguesinha, recordamos com o Varley os seus tempos de
Norusca, desde a chegada em 1966. Ponta no velho estilo: baixo, veloz e
driblador. Depois, assume como técnico, a partir de 1979.
Comanda o
retorno do Demolidor Ferroviário à Primeirona, em 1986, e em 1992
é o técnico do Londrina na maior conquista da história do clube: campeão
estadual.
Carismático,
era lembrado também para socorrer os aflitos: salvou da degola, Paraguaçuense,
Bandeirantes de Birigui, e, por três vezes, o Comercial de Ribeirão Preto.
Aos 66 anos,
é cidadão bauruense.
João F. Tidei Lima/Historiador