MEMÓRIA DA BOLA


A partir da esquerda, em 1958, os árbitros da LBE,  Rezende, Zimba e Benão.
RACISMO PURO!
José Eleutério, o popular Zimba, (1926/1961), na década de 1950, era considerado uma espécie de "Pelé do Apito", no quadro de árbitros da Liga Bauruense de Esportes (LBE). 
Mas, nem isso lhe abriu as portas da Federação Paulista de Futebol. Motivo: era negro, e não havia nenhum negro no quadro de árbitros da FPF.
Assunto focado quase trinta anos depois na extinta revista Ligado Esporte, dirigida por Ubiratan Alves, hoje na Rádio Auri-Verde, e redigida por Leonardo de Brito, do Jornal da Cidade.
Racismo puro, como de costume, não confessado, no caso, pela FPF. Caracteristico de uma sociedade que, ao longo da  história republicana, preferiu a dissimulação, ao contrário dos Estados Unidos, onde os conflitos raciais sempre foram explicitados. E por isso, abertamente combatidos. 

Nessa Lusa de 1956, Zé Carlos era ponta direita
 A LUSA DO ZÉ...
Tanto quanto o lusófilo Pedro Carvalho, líder da massa rubro-verde na cidade, José Carlos Coelho também soltou foguete pelo retorno da Portuguesa de Desportos à série A do campeonato brasileiro.
O nunca escondeu que o seu coração sempre esteve  repartido entre o Norusca dos anos 1960, onde ele comandou um ataque inesquecível, e aquela  Portuguesa, base da seleção paulista, com três ou quatro craques na seleção brasileira, e primeiro domicílio do seu futebol. 
Zé Carlos era uma espécie de coringa, para as várias posições do ataque. A formação da foto, de 1956,  tinha, em pé, a partir da esquerda, Djalma Santos, Brandãozinho, Cabeção, Nena, Hermínio e Cecy; agachados, Zé Carlos, Zé Amaro, Ipojucã, Edmur e Lierte.
João F. Tidei Lima / Historiador




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