*MARCOS CUNHA, TORCEDOR SÍMBOLO DA MAQUININHA VERMELHA*

*Hoje, 17/07, 11h a estréia do Noroeste num torneio inventado pela FPF para movimentar e dar vida aos clubes interioranos no segundo semestre de cada ano, a Copa Paulista. Nosso time, rebaixado para a Segundona do Paulista e não disputando mais nada, nem Terceira, nem Quarta Divisão do Brasileirão tem que bater cartão nesse torneio e nós, os convictos noroestinos temos oportunidade de presenciar novamente partidas de futebol no Alfredão. Abnegados, uns mil, desses a não perder nem jogo de botão, estaremos todos nos reunindo. Hoje a estréia contra o Rio Preto, na casa do adversário e na quarta o primeiro jogo aqui contra o Linense. Pronto, volto a escrevinhar sobre o time da minha aldeia e abaixo algo mais sobre um dos seus torcedores símbolo, desses a fechar sua loja mais cedo para não perder jogo do vermelhinho.
MARCOS JOSÉ KEICHE DA CUNHA, 48 anos, gosta de todo sábado trabalhar envergando a camisa do seu time do coração, o Esporte Clube Noroeste, motivo de gozações e prolongadas conversas . É um dos proprietários da Music Sound (a família começou com o Som Avenida aberto em 1969), uma casa especializada em CDs, DVDs e afins, localizada no piso superior do Bauru Shopping, sendo lá um dos consulados do time. Espalhados pela loja vários adereços a lembrar algo sobre sua paixão. Seu pai, palmeirense fanático em 74 o levou pela primeira vez ao Alfredo de Castilho, quando assistiu a jogo contra o Palmeiras. Com medo de brigas, ficaram na torcida do time da casa e a paixão nasceu naquele momento. Foi amor à primeira vista, tanto que o time grande sempre ficou em segundo plano. Pára tudo para falar do Noroeste: “Infelizmente eu adoro quando o time cai, pois nós somos o time grande da Segunda. Nas conversas diárias aqui digo sempre que, com certeza voltaremos no próximo campeonato. Pra dizer a verdade não tive coragem de tirar do carro até hoje a bandeira e a rota da viagem feita de carro até Itu. Caímos por absoluta falta de comprometimento do time, faltou ligação com o clube. Com a mentalidade de hoje, uma base forte, formando atletas, construiremos algo de mais sólido”. 
 Nos fundos pega um banner e o abre no meio da loja: “Vou doá-lo para a Sangue Rubro e aqui nesse na parede, a assinatura de Julio Cesar, um que não poderia ter saído daqui”. E se deixar prossegue falando por muito tempo, esquece estar em horário de trabalho e já confirma a ida no jogo de estréia. Não poderia ser diferente, pois sua marca pessoal no campo é se isolar de todos, dando uma de treineiro das arquibancadas, de onde vai dando instruções telepáticas a todo o time em campo e assim sendo, um dos imprescindíveis em todos os jogos. 
Por Henrique P. Aquino ( http://www.mafuadohpa.blogspot.com/)






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