Relato a respeito do inconfiável time do Noroeste diretamente do Mafuá do Henrique


Caro Reynaldo Grillo
Fui ao jogo de ontem acompanhado dos amigos Ademir Elias, Ciro Yukisaba (de Avaí, amigo do J. Martins) e da Zezé Ursolini. Dia de muito calor e pouco mais de dois mil torcedores no campo. Você sabe o quanto gosto do Noroeste e adoro estar lá no Alfredão, acompanhando todos os jogos do time (nesse campeonato não perdi nenhum aqui em Bauru). O time é regular, mas não encanta. Falta algo, mesmo nas vitórias, todas meio magras e sem aquele jogo vistoso, de encher os olhos.

Ontem, diante do líder do campeonato, sabíamos o que teríamos pela frente. Um adversário bem montado, que veio para se defender e não perder o jogo. Tivemos uma sorte grande ao fazer um gol de pênalti, após uma falta clara,quando um dos nossos jogadores colocou a mão na bola e o juiz não viu. O pênalti quase foi defendido, mas marcamos e depois, a partir daí, um sofrimento de dar gosto. Sofremos uma pressão horrível e até perdemos outros gols.

O técnico do Noroeste deixou claro sua intenção: a de segurar o resultado. Não fez substituições interessantes e retrancou o time. Jogou claramente na defensiva. Não foi ousado. Preferiu segurar o resultado e deu no que deu. Tínhamos a vitória nas mãos até os trinta munutos do segundo tempo e com um jogo sem ofensividade, quase só se defendendo, perdemos por deixar de ousar. Quando tomamos o gol do empate estava claro que eles continuariam vindo para cima de nós, pois sentiam o bom momento e que o Noroeste não queria jogar para frente. Souberam aproveitar nossas falhas e perdemos o primeiro jogo dentro do Alfredão no campeonato.

Estamos em quinto e no jogo da próxima quarta (que também estarei por lá), contra o Votoraty, o resultado só pode ser um: Vencer ou vencer. Ou o Noroeste joga para frente e busca o resultado logo de cara ou diz que seu elenco não corresponde as expectativas. Algo anda errado pelos lados do Alfredão. O time possui uma das maiores folhas de pagamento da segundona, todos os pedidos foram atendidos pela diretoria, tudo é pago em dia , mas no campo falta muito. Parece que o técnico não acredita no banco que tem às mãos.

Não sai do campo satisfeito com o que vi, nem eu, nem ninguém. Fico preocupado com o futuro do time. Nas fotos, você nota a concentração no lado dos eucaliptos, principalmente no segundo tempo quando o time atacou para esse lado. O Ciro, nosso amigo Japa de Avaí não perdeu um jogo por aqui. Vem junto do J. Martins, ambos da cidade vizinha. O Ademir Elias é jornalista e assessor de imprensa na Prefeitura Municipal e a Zezé é uma professora, que anda pegando gosto pelos jogos do Noroeste. No final dei um forte abraço no Marquinhos, um dos batedores de bumbo da Sangue Rubro, que mesmo contrariando recomendações médicas veio ao campo. Passou por cirurgia a menos de duas semanas e acompanhando do pai, o Geraldão, também nosso maquinista na Maria Fumaça, sofreram junto de nós. Numa foto isolada, o Chico Cardoso, não o da rádio Auri-Verde, mas esse um artesão, ferroviário aposentado, morador do Gasparini e que também não perde os jogos. Sofremos muito e estamos nos preparando para quarta, onde se o time não entrar em campo com a disposição de jogar para ganhar desde o início, os gritos de "burro" para o técnico devem se intensificar.

Um abraço bauruense a ti, meu amigo
Por:Henrique Perazzi de Aquino - direto do seu mafuá (www.mafuadohpa.blogspot.com)
 
                                                            O Japa de Avai        

 
                                                                     



esq/dir...Henrique,Ademir e o Japa sofrendo com o time do Norusca

              

Grande  Marquinhos recuperado da cirurgia e de volta ao Alfredão pra pilotar o seu surdo na bateria da Sangue Rubro

 
Torcida noroestina saindo chateada do Alfredão
 
Chico Cardoso do Gasparini

                             Ciro de Avai

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