MEMÓRIA DA BOLA



Ginásio do E.C.Noroeste, superlotado nos jogos de basquete
CONTRASTES

Não dá para ficar indiferente diante do contraste. No chamado Alfredão, capacidade para 25 mil pessoas, os  jogos do atual Norusca, são testemunhados regularmente por  algumas centenas de  sofridos torcedores. 
Ao lado, no ginásio de Esportes, a Panela,   a frequência sempre registra quase três mil simpatizantes  se comprimindo para vibrar com o basquete vitorioso  orientado pelo Guerrinha. 
Vi pela televisão  a decisão da última quarta-feira contra Mogi das Cruzes em Bauru.   Contagiado pela vibração envolvendo técnico,  jogadores  e torcedores, só relaxei depois do apito final e a  vitória bauruense. 
Nos papos com a família, o habitual exercício de memória recuando até 1956, ano da inauguração da Panela, com atração internacional...

Em 1956, na Panela, os Globetrotters .encantaram os bauruenses

INAUGURAÇÃO

Foram duas noites memoráveis de exibições dos internacionais Globetrotters, organizados nos Estados Unidos, desde 1927, por militantes negros impedidos de participarem dos campeonatos da Liga Nacional de Basquete do país.
Em 1956, antes do desembarque em Bauru, fizeram duas apresentações no Maracanãzinho do Rio de Janeiro, aplaudidas por 50 mil pessoas. Na nossa  Panela de Pressão, superlotada, deram show, com seus truques e magias frente a um adversário também norte-americano, os Texas Cowboy.
Meses depois, naquele mesmo 1956, Bauru sediou pela primeira vez os Jogos Abertos do Interior, a final do basquete masculino na Panela de Pressão. Frente a frente as seleções de Piracicaba e São Carlos. 
Não esqueço da vitória surpreendente de São Carlos, graças. entre outros fatores, aos arremessos de longa distância do ala Bebeto, baixa estatura, franzino, mas com uma canhota infalível, nocauteando a favorita seleção de Piracicaba.
 
 
Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista

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