MEMÓRIA DA BOLA




UM MARANHÃO VISTO A PARTIR DAS VIRTUDES

É sempre bom lembrar que o Estado do Maranhão, atualmente tão aviltado pelas suas indecorosas lideranças políticas, no passado foi celebrado como berço de uma das raridades do nosso futebol.
No entender, abalizado, do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, nunca houve entre nós um ponta esquerda como o maranhense José Ribamar de Oliveira (1932-1974), o mago Canhoteiro. Titular do maior ataque dos sonhos, escalado pelo Chico, com Garrincha, Didi, Pagão, Pelé e Canhoteiro.
Nunca jogaram juntos, mas, cada um, ao seu estilo, levava os marcadores ao desespero.
Desde  a estréia do Norusca na Primeirona, exibiu seus poderes mágicos por diversas vezes em Bauru. Numa delas, em 1958, com seus dribles,  demoliu o alvi-rubro por 3 a 1 em pleno estádio Antonio Garcia, na sequência do jogo interrompido pelo incêndio do velho Alfredão.
Na foto, no estádio do Pacaembu, Canhoteiro fala ao repórter Roberto Petri, das Emissoras Associadas de São Paulo.


E POR FALAR EM DRIBLE...

É só falar em drible, que a velha guarda do antigo Trio de Ferro espana a poeira para chamar a metade do século passado.
Os corintianos localizam o meia Luís Trochillo, o Luizinho, campeão do IV Centenário em 1954; os tricolores puxam o ponta esquerda Canhoteiro, campeão paulista de 1957; e os palmeirenses, o ponta direita Julinho, campeão daquele super Paulistão de 1959.
`A parte, as preferências clubísticas, a unanimidade é total quando se trata de reconhecer a genialidade do imbatível Mané Garrincha, na foto com a camisa 7 do Botafogo e cercado por três santistas no Torneio Rio-São Paulo de 1960: da esquerda para a direita, os zagueiros Mauro, Calvet e Dalmo.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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