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| Ponta direita em 1959, Julinho dobrou a Inglaterra |
Maio de 1959, meu pai me levou para conhecer o Rio de Janeiro, a capital do país. Programa obrigatório, a presença no maior estádio do mundo. Era dia de jogo com a Inglaterra, 120 mil torcedores no velho Maracanã. Pelos alto-falantes a escalação, os times entrando em campo, o palmeirense Julinho no lugar do gênio e ídolo Mané Garrincha. Vaia geral, ensurdecedora, meu pai e eu nunca tínhamos ouvido e presenciado coisa semelhante.
Começa o jogo e o saudoso Júlio Botelho logo responde porque entrou em campo: fez 1 a 0, tomou conta do lado direito do ataque, desmontou a defesa da Inglaterra, abriu caminho para os 2 a 0, e levou a torcida ao delírio, aplausos em profusão. O ataque, como mostra a foto, tinha Julinho, Didi, Henrique, Pelé e Canhoteiro.
Entre as dezenas de emissoras de rádio presentes, o mais novo prefixo de Bauru, a ZYR-216, Rádio Terra Branca, conseguido pelo pioneiro João Simonetti e cedido ao vereador Horácio Cunha. Ao microfone, o narrador Alonso Campoy Padilha, que eu conheceria pessoalmente anos depois...
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| À altura de 1962/63, Alonso entrevistava Nadyr Serra |
AQUELE JOGO NA RUA JAVARI
Conheci pessoalmente o Alonso Campoy nas reuniões da Associação dos Cronistas Esportivos de Bauru, a saudosa ACEB. Guardo até hoje a carteirinha de associado.
Não esqueço do nosso reencontro em 1963, na rua Javari, jogo pelo Paulistão. O narrador Alonso Campoy me honrou com o convite para comentar pela Terra Branca a vitória de 3 a 0 do Juventus contra o Noroeste.
Nos anos seguintes, paralelamente à carreira radiofônica, qualificou-se como advogado e incursionou pela política, foi vereador e presidente da Câmara Municipal. Hoje, aposentado, Alonso Campoy, com a mulher, Ione,
ajuda os filhos a cuidar dos netos e bisnetos. Sem perder a lembrança
de passagens com a da foto: ao lado do saudoso locutor comercial Ronaldo Marchioni entrevistava o legendário Nadyr Serra, chefe da sucursal de A Gazeta Esportiva em Bauru.
João F.Tidei de Lima/ Historiador
