Parceria noroestina ainda está no papel




Visto como salvação por Anis Buzalaf Júnior e membros do Conselho, proposta ainda não foi formalizada
Quando o anúncio da parceria que transformaria o Noroeste numa empresa foi feita, duas semanas atrás, serviu não apenas para apagar o incêndio administrativo  pelo qual o clube passava, como também para dar uma luz sobre as finanças alvirrubras, minguadas desde a saída da família Garcia.

Porém, duas semanas se passaram e o tão sonhado aporte de R$ 80 mil mensais (ou R$ 100 mil mensais num plano ideal) ainda sequer foi oficializado e apresentado ao Conselho Deliberativo.

Vale lembrar que precisará passar pelo crivo dos conselheiros antes de cair algum dinheiro ou ter qualquer papel assinado.

O problema principal, claro, é fechar a conta. Dos 50 cotistas imaginados (lembrando que cada cota representaria R$ 2 mil por mês), pouco mais de 60% já foi acordada com o Noroeste. E a meta é entrar com, pelo menos, R$ 80 mil mensais, para evitar que os salários atrasem nos próximos meses.

Outro ponto polêmico é o que os cotistas irão receber em troca. Para quem não lembre aí vai a fórmula simples do projeto: o grupo de cotistas formariam uma empresa e escolheriam cinco pessoas para formarem um conselho de gestão. Seria esse conselho, e não mais o presidente, que tomaria as decisões do Noroeste, desde o futebol até o marketing. O presidente seria consultado, mas não teria poderes de decisão.

Em troca, esse conselho ficaria com 80% dos atletas revelados pelo clube a partir da assinatura do contrato, e os 20% restantes seriam do Noroeste. Mas como lembrou bem o jornalista Fernando BH, no blog Canhota 10, seria muito gasto até surgir uma promessa que devolva os gastos da empresa.

Enquanto eles ainda fecham o projeto da parceria, o Noroeste segue seus períodos de incerteza. Nos próximos dias deverá iniciar uma redução do elenco, que ainda não garantiu vaga para a Copa Paulista.

Gustavo Longo/ Bom Dia Bauru

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