A crise sempre presente no Norusca



Um ano após atrasar o planejamento deste ano, Noroeste não aproveita boa fase e já compromete 2013

Saídas de diretores e jogadores, instabilidade política e crise financeira. Esta é a situação que o Noroeste enfrenta neste fim de ano e é a mesma pela qual o time passou no fim do ano passado. Nos dois casos o planejamento para a Série A-2 foi comprometida e a equipe teve que correr contra o tempo.

A única diferença, claro, está na situação vivida dentro das quatro linhas. Se em 2011 o Noroeste passou por um rebaixamento e uma campanha pífia na Copa Paulista, agora o time poderia estar embalado pela conquista da Copa Paulista.

Mas nem isso foi o suficiente para impedir os mesmos erros do ano passado. Em 2011, o planejamento deste ano deveria ter começado em novembro, mas a instabilidade política (havia a ameaça de renúncia do Damião) e o atraso de salários fizeram com que o planejamento começasse no dia 5 de dezembro com a política de jogadores mais baratos.

Agora, nem o título da Copa Paulista segurou uma base para 2013. A saída da Família Garcia na presidência do clube fez com que o clube necessitasse de um enxugamento de custos. Com isso, os atletas valorizados não seguirão em Bauru.

De quebra, a instabilidade política dos últimos meses fez com que a reapresentação dos atletas que ainda possuem contrato fosse adiado para esta segunda-feira, pouco mais de um mês para a estreia da Série A-2 do ano que vem.

E se neste ano o clube surpreendeu com uma base sólida montada por Amauri Knevitz, neste as perspectivas não são as melhores: sem dinheiro em caixa, muitos apostam que a equipe brigará para não cair e que tal feito já estará bom demais para o atual momento.


Fora de vez/Após Damião Garcia sair da presidência do Noroeste, em setembro, ainda ficou a expectativa para que a família Garcia ainda tivesse algum tipo de ligação com o clube alvirrubro.
No entanto, ontem, essa possibilidade foi desfeita.

De acordo com as informações publicadas no endereço eletrônico, a Kalunga, empresa que pertence a Damião e seus filhos, não vai mais patrocinar o time. A Kalunga colocava R$ 50 mil por mês para ajudar nas despesas do clube, em troca da exposição da marca na camisa do time bauruense.  “Não tem sentido continuar. Fosse para manter e não teríamos saído”, disse o diretor financeiro da Kalunga, João Paulo Menezes Garcia, ao Futebol Bauru.

O dinheiro da Kalunga seria essencial para compor os pelo menos R$ 150 mil mensais necessários para que o time tenha jogadores razoáveis na Série A-2. Agora, o presidente recém-eleito, Anis Buzalaf Jr., vai ter que se virar. Ele vai conceder uma entrevista coletiva amanhã para dizer que rumo o time tomará sem a Kalunga e sem a parceira que chegou a ser anunciada, mas não passou de uma lambança nos primeiros dias de mandato dele no Alfredão.
Gustavo longo/ Bom Dia Bauru

 

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