NOROESTE, TORÇO SIM, POIS “ELES PASSARÃO, EU PASSARINHO”


Vitor, atual presidente da Torcida Sangue Rubro
Sou um torcedor de futebol à moda antiga. Tento continuar exercendo o ofício, mesmo com a profunda e negativa transformação que o “esporte bretão” teve mundo afora. Ontem quando o Corinthians venceu a Copa SP Futebol Jr não vibrei como dantes. Passei a admirar de uns tempos para cá mais a beleza do esporte do que o amor incondicional por um time. Tento colocar isso em prática ao meu modo, com raras exceções. A única, de amor mais do que declarado, enraizado e pelo visto, irremovível é pelo ESPORTE CLUBE NOROESTE, o time de minha aldeia, Bauru. Ele estreou ontem na 2º Divisão do Campeonato Estadual Paulista, contra o América de SJRP, fora de casa e fiquei com o ouvido colado no radinho de pilha (2x2, após virarmos o 1° Tempo ganhando de 2x0). Adoro uma transmissão de futebol, dessas feitas por rádio AM. Tenho a minha preferida e é a feita pelo Jornada Esportiva, do locutor, radialista, comentarista, repórter de campo e também motorista nas viagens, Rafael Antonio. Narração deste e com reportagem de Jota Martins, esses para mim, imbatíveis. Circulo um pouco por todas, aproveito o que me serve, deleto o rejeitável.
Leio o Leonardo de Brito, o Fernando BH e o Bruno Mestrinelli (gosto mais dele no esporte, do que na política, mesmo sabendo que ele prefira escrever sobre esse segundo tema). Sou filiado na Sangue Rubro e a sigo como e quando posso. Prefiro sentar lá debaixo dos eucaliptos ao coberto do social. O som do batuque me é mais familiar. Vou ao campo com a camisa da torcida e sei que ela tenta se espelhar numas outras grandes, mas ainda tem muito da pureza de um time do interior (queria que ela não perdesse isso nunca). Não consegui fazer com que o filho gostasse de futebol, mas reencontro a cada jogo primos (o Beto Grandini e o Eduardo Lopes), amigos (Aldo Wellincham, Ademir Elias, Duílio Duka, Tuim, artesão Chico Cardoso...) e os quase mil torcedores que não abandonam o time faça chuva ou sol. Já nos conhecemos de longa data. 
Queria ter a garra de um Reynaldo Grillo, que não conheço pessoalmente e mesmo distante, aparenta ser mais noroestino do que mais da metade dessa cidade. Leio com regularidade o seu blog, o do BH, o do Gustavo Duarte e o da Sangue. Conheço cada canto do Alfredão e circulo bem por ele. Sinto falta quando me faltam jogos e da convivência com os que fazem daquilo uma espécie de lazer. Sou um desses. Vou lá para ver meu escrete entrar em campo e me transformo durante o jogo. Viro macaco de auditório e até esqueço as besteiras que sei acontecer nos bastidores (e são muitas). Vibro com o Marcão Shopping dirigindo o time das arquibancadas e o Pavanello circulando com sua prancheta pelas arquibancadas. Durante alguns meses lá estarei, daqui a bem pouco vou conhecer os novos jogadores pelo jeitão de cada um tocar na bola, vou saber quem é perna de pau, quem entende do riscado e se o técnico acertará dessa vez (parece que sim - toc toc toc). Vou rir com o querido dr Omar adentrando o campo lentamente e comer em todos os jogos a paçoquinha do casal mais conhecido do estádio. 

Ontem não fui, mas domingo, 10h, lá estarei e não vejo a hora de envergar o novamente o uniforme de torcedor, que já está devidamente passado, dobrado e pronto. Como bem disse a Cida, portelense de quatro-costados: “Não me importo de vencer campeonatos. Coração não tem Divisão”. Na primeira, segunda ou onde estiver, lá estarei. Sobre os problemas internos, sou um eterno crítico, mas parafraseando Mário Quintana explico: “Eles passarão, eu passarinho”.
adentrando o campo lentamente e comer em todos os jogos a paçoquinha do casal mais conhecido do estádio. Ontem não fui, mas domingo, 10h, lá estarei e não vejo a hora de envergar o novamente o uniforme de torcedor, que já está devidamente passado, dobrado e pronto. Como bem disse a Cida, portelense de quatro-costados: “Não me importo de vencer campeonatos. Coração não tem Divisão”. Na primeira, segunda ou onde estiver, lá estarei. Sobre os problemas internos, sou um eterno crítico, mas parafraseando Mário Quintana explico: “Eles passarão, eu passarinho”.
Henrique Perazzi Aquino, diretamente do Mafuá do HPA

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