Lori Sandri usará três volantes para quebrar sequência de quatro vitórias consecutivas do Mirassol |
O confronto é dos opostos na tabela e na tradição do futebol paulista. O Mirassol briga contra o Trio de Ferro enquanto o Noroeste digladia com equipes de menor expressão. A Maquininha Vermelha discursa com pretensões mais modestas. O Mirassol tem a responsabilidade de defender a liderança com personalidade.
O Noroeste, com apenas nove pontos, é perseguido por Linense, com seis pontos na 16ª posição, Santo André, também com seis mas no 18º posto, e Grêmio Prudente, o lanterna com apenas cinco pontos. O Leão situa-se no primeiro lugar por obter sete vitórias, enquanto seus três principais perseguidores possuem seis. O Mirassol tem 22 pontos e é perseguido por Corinthians, segundo na tabela e também com 22 pontos, Palmeiras, 21 e São Paulo 19.
A saída para a forte marcação de ambas as equipes no meio-campo, cada qual com um trio de volantes, pode ser as laterais. O técnico noroestino Lori Sandri quer dar um nó no meio-campo, região do gramado que, o treinador noroestino já ensinou, se ganha um jogo. Lori decidiu abdicar do terceiro zagueiro para ter mais um no meio, com Júlio César, Tiago Ulisses e Marcelinho, na formação com três volantes, e Ricardinho mais solto para desenhar as jogadas de ataque. “Passo a trabalhar do meio de campo para frente na retomada de bola. Estou mais perto do adversário na busca do resultado”, descreve Lori, a maneira que imagina encarar o líder. Ele diz que o adversário joga com uma formação parecida. “É idêntico do que estamos colocando dentro de campo”, afirma.
Lori desistiu de ter na armação Otacílio Neto, como na tentativa frustrada no empate em 0 a 0 contra o São Caetano, na última rodada. Tatá, que está pendurado com dois amarelos, jogará na frente formando dupla com Diego, que ganhou a vaga do titular Zé Carlos, artilheiro da Maquininha Vermelha com três gols no Paulistão. Zé Carlos virou opção no banco para esta partida.
Lori aposta em um chute de Otacílio para resolver o jogo. Quanto a Diego, a expectativa é a velocidade aliada à técnica e disposição que o jovem demonstra em campo. Lori definiu que Zé Carlos ocupa a área e precisa ser servido. “Estou procurando, com a retirada do Zé Carlos, que é pivô, ter dois jogadores com velocidade dos lados do campo”, argumenta. Em seguida, Lori sugere a sua melhor arma para o jogo: “Na retomada (de bola) nós temos velocidade para sair em cima do adversário.
Por Ricardo Santana (Jornal da Cidade)