Memória da bola

A SAGA DO VELHO YPIRANGA

O C.A.Ypiranga, que enfrentou o BAC, no estádio Antonio Garcia, em 1951
Tem o nosso Ipiranga, disputando o título na Liga daqui. Tem o Esporte Clube Ypiranga, da Federação Bahiana de Futebol, e, bem lá atrás, tinha o hoje extinto C.A.Ypiranga, que o jornalista Thomás Mazzoni chamava de Vovô da Colina Histórica. 
Nascido em 1906, era o mais velho disputante do Paulistão, na década de 1940. Além disso, impressionava pelo vistoso uniforme e pela capacidade de revelar jogadores, logo negociados com os grandes do Rio e de São Paulo.
Naquele amistoso de fevereiro de 1951 em Bauru, contra o BAC, o Ypiranga posou para o fotógrafo Arnaldo Giaxa, com a formação acima: em pé, da esquerda para a direita, Gonçalves, Cola, Reinaldo, Belmiro, Valdemar, Giancoli, Dema e Alberto; agachados, Bueno, Rubens, Chuna, Bibe, Minelli e Marito.
O médio Valdemar dos Santos Figueira, anos depois celebrizado como o zagueiro Valdemar Carabina, várias vezes campeão pelo Palmeiras, como se sabe, morreu no último mês de agosto, aos 78 anos.
Em Bauru, felizmente com a saúde em órdem, a antiga zaga do BAC, Crenite e Gino Bacci, aciona fácil a memória para recordar o jogo vencido pelo C.A.Ypiranga, por 3  a 2.

EM VEZ DA BOLA, 
PANDEIRO E CUICA

Agachado, 2.o. à partir da esquerda, Edmundo voltou ao Vasco em 1999
Bom de bola, mas ruim da cachola. Era o atacante Edmundo Alves de Souza Neto, hoje aos 40 anos atacando de comentarista na televisão.
No campo, esbanjava talento e vontade de ganhar. Mas, fora dele, aprontava, até com estragos que viraram tragédia.
Na rápida passagem por Florença, um capítulo que não deixou saudade por lá. A Fiorentina, treinada por Giovani Trapattoni, liderava o campeonato italiano de 1998/99, de olho no terceiro título, Edmundo decidindo, com gols e jogadas de craque. 
Até, claro, a chegada do nosso Carnaval. Edmundo mandou às favas seus companheiros de trabalho, a torcida de Florença, e veio curtir o sol, o sal, e o samba na orla carioca.
Enquanto isso, a Fiorentina despencava. Terminaria o campeonato em terceiro lugar. E, por isso, não pensou duas vezes: devolveu a mercadoria para o Brasil, para esse Vasco da Gama de 1999: em pé, da esquerda para a direita, Carlos Germano, Mauro Galvão, Nasa, Gilberto e Geder; agachados, Donizete, Edmundo, Paulo Miranda, Amaral, Juninho e Felipe.

Por João F. Tidei Lima

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