JOGO DO NOROESTE CONTRA O SANTO ANDRÉ


O segundo tempo do dia começa por volta das 18h, quando vou até a sede da Sangue Rubro buscar meu ingresso para ver o Norusca, agora com um trio valioso no ataque, Zé Carlos, Vandinho e Otacílio Neto. Busco o amigo Ademir Elias e seu mano a bebericarem no Bar do Ditão (agora sob o comando de um japa) e de lá direto para o estádio Alfredo de Castilho. A novidade são as cercas (que eles chamam de alambrado) por todos os lados e dizem que câmaras nos filmam nos mínimos detalhes (faço questão de urinar debaixo dos eucaliptos para testar a aparelhagem), mas nada disso impede que continuemos a mudar de lado, pois noroestino que se preza gosta mesmo de ver o jogo atrás do gol do adversário, só para ver os gols noroestinos de muito perto. 
Na entrada reencontro o Adilson da Banca, que junto de um cunhado (esse com binóculo, só para ver homem de perto) estava achando que ganharíamos fácil. Umas duas mil pessoas no campo e um gol numa bonita jogada no primeiro tempo, concluido pelo bom lateral direito Márcio Gabriel. Um a zero no primeiro tempo e na mudança de lado encontramos a Cláudia da Unimed (filha do craque Zé Carlos Coelho, junto de um amigo e sobrinho). O melhor de tudo foi sua promessa de que tendo dois livros, Onze Camisas Futebol Clube", o clássico do Galvão de Moura, irá me presentear com um (a ser entregue num churrasco entre amigos). Sofremos um pouco mais, pois o time ainda não está de todo entrosado. Empataram, marcamos o segundo com outro gol de homem da zaga, dessa vez com Da Silva, mas a alegria durou pouco, pois o mesmo que marcou o primeiro deles, voltou a marcar o segundo. Demos voltas até o final do jogo. Eles deram dois chutes ao nosso gol e marcaram duas vezes. Martelamos mais, mas não fomos eficientes. Saímos todos mocambúzios, pois tínhamos o jogo na mão, mas esperançosos, pois o time promete. A história do jogo foi protagonizada por Ana Bia, que não veio comigo, mas no intervalo resolveu fazê-lo e não conseguindo entrar, uniu-se a uma garotada lá fora, tentando escalar os muros do estádio. 
 Dois moleques saltaram para dentro, mas ao tentar levantá-la para cima do muro desistiram. Ela adentra o campo quando faltavam meros dez minutos para o fim da contenda. Fica o resto do jogo ao lado da irmã do Pavanello a contar sua saga pelos lados de fora do estádio (conheceu todos os portões do Alfredão). Terminamos o dia degustando uma pizza no argentino Don Victor, ao lado do Posto Jama. Volto lá qualquer dia para contar as histórias vividas por Don Victor, radicado em Bauru e mambenbeando pelo Brasil desde os tempos em que montou por aqui o saudoso Casabranca, ao lado do extinto G Petisco. É mais um que não conhecia e já virei fã.
Por Henrique Perazzi Aquino ( diretamente do Mafuado HPA)

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