Damião "imortalizado" por 7 votos


O nome do empresário Damião Garcia em substituição ao do “Alfredo de Castilho”, no complexo que abriga o estádio, o ginásio “Panela de Pressão”, restaurante, campo suplementar, vestiários, alojamentos, entre outros, do EC Noroeste foi decidido em reunião do Conselho Deliberativo, convocada pelo seu presidente, o delegado aposentado Abel Fernando Marques Abreu, na última semana de agosto.
O nome de Damião, presidente do Noroeste desde 2003, ao complexo foi aprovado por 7 votos a 2, em segunda chamada, reunindo apenas nove dos 20 conselheiros. O ex-presidente Ibrahim Cameschi, na condição de membro vitalício do Conselho Deliberativo, foi um dos votos contra, argumentando que o complexo já tinha nome: “Alfredo de Castilho”.
Segundo Cameschi, presidente, duas vezes, do clube, nos biênios 1984/85 e 2000/01, “o complexo foi construído por ferroviários e denominado Alfredo de Castilho, engenheiro e diretor da Estrada de Ferro da Noroeste do Brasil, que construiu o primeiro estádio do Noroeste, que pegou fogo no final da década de 1950”, lembra Cameschi.

ex. presidente Ibrahim Cameshi  e Wagner Theodoro do JC
O ex-presidente do Noroeste observa “inclusive o atual complexo diminuiu” e questiona as melhorias propagadas. “Desapareceram o parque aquático, as quadras de bochas e malhas, as quadras poliesportivas externas e o ginásio “Panela de Pressão” está em penúria”, lamenta.
Cameschi, que levou o Noroeste ao título do Campeonato Paulista Série A2, em 84, e que não falta às reuniões do Conselho Deliberativo, se diz decepcionado com a mudança de nome do complexo.
“É um desrespeito, uma desconsideração para com os ferroviários que efetivamente edificaram o estádio, o ginásio, o parque aquático. Não se pode, do dia para a noite, apagar o que foi construído com suor e sacrifício”, defende. Ibrahim Cameschi reclama “a imprensa não citar meus títulos”. Além do Paulista A2 em 84, o ex-presidente do Noroeste conduziu o time ao bicampeonato seguido dos Jogos Regionais, em 2000 em Jaú e no ano seguinte em Bauru.
Por: Erlinton Goulart

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