PAVANELLO, NOROESTINO E DA SANGUE RUBRO



Pavanello
Existindo um time de sua aldeia, o normal é que sua torcida seja por esse e no nosso caso, vivendo no interior paulista, que primeiro se torça pelo daqui e depois pelo grande da capital. No caso bauruense, temos o centenário Esporte Clube Noroeste, glórias mil no lombo, bravura indomável, resistência varonil até nossos dias. Um torcedor dos mais ativos, José Carlos Galvão de Moura, radialista dos bons sagrou certa fez no título de um livro sobre esse time algo que imortalizou sua saga, “Onze Camisas Futebol Clube”. Bauru deveria torcer por esse time e no que o fazem, percebe-se a forma apaixonada. São muito mais do que se imagina e hoje, dia da abertura do Campeonato Paulista de Futebol, em sua Segunda Divisão, com a estréia do Noroeste vencendo o Juventus por 4x0 na capital, uma van com 15 torcedores saiu de Bauru e foi bravamente presenciar o feito. Dentre os que lá estiveram, aqui algo sobre um deles.

José Roberto Pavanello Silva é seu nome, mas todos o chamam somente por Pavanello. Já foi o presidente da maior, mais atuante e mais antiga torcida organizada no nosso glorioso time de futebol, o Esporte Clube Noroeste. É um abnegado, envolvido dos pés à cabeça com as coisas do nosso “vermelhinho” e daqueles que fazer o que faz cai como uma luva, pois comandar uma legião de apaixonados por futebol, com gente de todas as classes sociais, de todos os segmentos, com pensamentos e ações das mais variadas é coisa para louco varrido. Não que Pavanello seja louco, pelo contrário, é ponderado demais e resolve tudo com uma fleuma, com uma tranqüilidade absoluta, causadora até de inveja. Sei que além dessa intensa atividade, que lhe toma quase todo o tempo disponível é representante comercial, ou melhor, um vendedor. Disso eu sei pouco, sei que é noroestino roxo e esse amor é também extensivo aos irmãos, que o seguem pelas viagens atrás do time do coração. Pavanello faz parte daqueles torcedores, que além do amor ao seu time, não são ignorantes e brigam por qualquer coisa, fazendo questão de resolver tudo na base do diálogo. Nos campos, figura das mais conhecidas, vive sempre com uma pasta debaixo do braço, com os documentos para liberação de faixas, instrumentos musicais e os contatos necessários em cada viagem com a torcida. Muitos por aí se dizem noroestinos, mas esse é noroestino mesmo.

Esse Noroeste e seus torcedores estão rotineiramente inseridos nos textos aqui no www.mafuadohpa.blogspot.com

Henrique Perazzi

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