Aproveitando a estreia na Série A2 na Rua Javari contra o
Juventus, o site Futebol Bauru do jornalista Erlinton Goular faz um mergulho no
passado e pesquisa os confrontos do Noroeste com o Juventus ao longo dos
camponatos paulistas em que essas duas equipes se enfrentaram na capital.
E nos dá uma informacão surpreendente e até mesmo
assustadora: a última vitória noroestina no estádio Conde Rodolfo Crespi
ocorreu há 35 anos, mais exatamente em 1977. Além dessa foram só mais duas na
capital.
Pode-se dizer que o chamado Moleque Travesso tem sido um
algoz do Noroeste e diria que é verdade. Aqui em Bauru ele também sempre foi um
adversário indigesto.
Só que tem um detalhe importante na história dos confrontos
desses dois tradicionais clubes do futebol paulista. O Noroeste foi
seguidamente prejudicado, roubado mesmo nos jogos em São Paulo contra o
Juventus.
Sou testemunha ocular da história e transmiti muitos jogos
na Rua Javari, quando o time bauruense foi vítima da nociva influência que o
dirigente juventino José Ferreira Pinto, o Zé da Farmácia, como era chamado,
exercia na Federação Paulista de Futebol comandada por João Mendonça Falcão.
Era uma época em que se fabricava resultados. Os clubes
grandes eram ajudados pelos árbitros, que obedeciam cegamente as ordens de
Falcão. O Juventus era "peixinho" da Federação.
Com a queda daquela verdadeira quadrilha que comandava nosso
corrupto futebol paulista e também com a morte de Ferreira, o Juventus foi
perdendo força e acabou até por cair para a Série A2 e A3, voltando agora em
2013.
Não queremos tirar os méritos do querido time da Mooca, mas
em parte os números da estatísitica na história das partidas entre Noroeste e
Juventus, especialmente na capital foram distorcidos pelos eternos
favorecimentos dos apitadores corruptos a serviço da Federação e do clube
paulistano. Mesmo aqui em Bauru o Alvirrubro foi garfado muitas vezes.
São histórias verídicas do nosso futebol, que infelizmente
ocorreram no passado e acredito que mais recentemente experimentamos um
ambiente mais decente e saudável. Acontecem erros e até favorecimentos para uma
ou outra equipe, mas por falhas humanas compreensíveis e aceitáveis.
Paulo Sérgio Simonetti/ Rádio 94 FM de Bauru