MEMÓRIA DA BOLA

Em 1954 o Noroeste estreou contra esse São Paulo

ANO MEMORÁVEL

Saudando a estréia do Penapolense e o retorno do Linense à Primeirona, o lusófilo noroestino Pedro Carvalho me enviou uma foto dando conta da estréia do Norusca no Paulistão de 1954, um ano memorável por várias razões.
Em 1954, a IBM criava o cérebro eletrônico, início da era do computador; ano também, do início de fato da "era do Rock" com Elvis Presley; no dia 24 de agosto desse ano, o presidente Getúlio Vargas respondia aos golpistas com o suicídio, um ato radicalmente político.
Dias antes, no velho Alfredão, completamente lotado, esse São Paulo da foto, com gol do Gino, fazia 1 a 0 no "caçula" da Primeirona. Em pé, a partir da esquerda, Alfredo, De Sordi, Pé de Valsa, Poy, Mauro, Bauer, o mordomo Serrone; agachados, Teixerinha, Sarcinelli, Gino, Edelcio e Canhoteiro. Todos, com exceção do atual cidadão paranaense De Sordi, já nos deixaram.
Comprimidos na cabine de madeira,  irradiaram o jogo, os saudosos Pedro Luís(Panamericana), Aurélio Campos (Difusora), José Fernando do Amaral (Bauru Rádio Clube), e Wilson Brasil (Nacional, de São Paulo).

Em 1963, Wilson Brasil, sentado (1º à esq.), no estúdio da Rádio Piratininga

POR FALAR EM  WILSON BRASIL...

Samuel Ferro, da TV Prevê, conviveu bastante com Wilson Brasil (1923-2001), que andou pela rádios Difusora(SP), Nacional (SP), Cacique (Santos), mais jornais e emissoras de Portugal.
Começou como repórter, assumiu como narrador, depois comentarista, e apresentador, nos diferentes prefixos. Na foto de 1963, ele aparece, sentado a partir da esquerda, participando, na Rádio Piratininga de São Paulo,  de um bate-papo com José Carlos Silva, da Rádio Panamericana.
Não conheci pessoalmente o Wilson Brasil. Mas falei com ele, por telefone, em 1962. Gerente provisório da Auri-Verde, emissora da Rede Piratininga, e sem locutor, naquela quarta-feira chuvosa de dezembro, para irradiar  o jogo do Paulistão entre o Noroeste e o Jabaquara na Vila Belmiro, pedi socorro à Rádio Cacique de Santos. Chefe do departamento esportivo, Wilson Brasil atendeu o telefone, e na hora escalou um locutor. Ousei ir mais adiante, pedindo também um comentarista. O Wilson respondeu:
-Será que eu sirvo?
Naquela noite, o famoso Wilson Brasil comentou pela Auri-Verde o empate de 0 x 0  entre o Noroeste e o Jabaquara, com a competência dos tempos da Difusora e da  Nacional de São Paulo, hoje Rádio Globo.

João F.Tidei de Lima/ Historiador

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