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| A Auri-Verde na Copa de 1962 no Chile |
NORIEGA NA AURI-VERDE
Morreu na semana passada, aos 82 anos, o antigo locutor Luís
Noriega, pai do comentarista Maurício Noriega, do SportTV.
Lembro dele, desde 1962, ano da Copa do Mundo, no Chile. Eu
trabalhava na Auri-Verde, uma das 23 emissoras da Rede Piratininga. Que entrou
em cadeia com as rádios Tupi/Difusora, do grupo Associados, para a transmissão
do mundial. Nosso narrador e diretor-gerente, o saudoso José Haddad
(1932-1995), foi escalado para formar na equipe enviada ao Chile.
Haddad, que aparece na foto (1º à dir.) funcionou como
repórter, coadjuvando os locutores titulares, Luís Noriega (3º à dir.) e
Haroldo Fernandes (3º à esq.), mais o comentarista Milton Camargo (2º à dir.).
Os demais alinhados na foto pertenciam à equipe técnica.
Parte desse pessoal veio depois à Bauru, cobrir a goleada (5
a 1) do Corinthians sobre o Noroeste, pelo Paulistão de 1962. Na véspera,
Haddad fez questão de recebe-los, na sua casa,
para uns comes-e-bebes. Claro, a moçada da Auri-Verde chegou junto.
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| Projeto do novo Maracanã, hoje ainda em obras. |
COMO CHEGAR ATÉ
ELES?
Nessa onda de mega-estádios para a Copa do Mundo do ano que vem no Brasil, alguns já foram
entregues mas a maioria está em fase de acabamento. Dinheiro público em
profusão.
Interrogações também. Como chegar até os estádios? Todas as
capitais do país são congestionamentos permanentes de ônibus, automóveis,
caminhões e motos.
Nas grandes cidades do mundo, o metrô se impõe como o
principal meio de transporte de massa, caso de
Pequim (extensão de 440 km), Xangai (434 km), Londres (402 km), Nova
York e Seul (400 km), Tóquio, Moscou e Madri (300 km), Paris (250 km). Entre
nós, na principal cidade, São Paulo, o metrô não passa dos 75 km. E está sendo
construído há 40 anos!!!
E o Rio, sede desse majestoso Maracanã? Ali, o metrô parou
nos 40 km... Desde Maquiavel sabemos que
tragédia desse tipo tem fundo basicamente político. Por isso, de vez em
quando sonhamos que as torcidas organizadas ainda vão se organizar um dia para interpelar com veemência, cara a
cara, a postura acomodada e cínica de
grande parte dos nossos agentes políticos de todos os escalões.
João F. Tidei Lima/ Historiador
