MEMÓRIA DA BOLA

Em 1982 os craques Sócrates e Júnior festejaram  o duelo vitorioso
AQUELA VITÓRIA PARA OS ANAIS
Copa da Espanha de 1982, o Brasil do mestre Telê Santana montou talvez a melhor de todas as seleções da era pós-Pelé.
Com craques  tipo Falcão, Zico, Sócrates, Júnior e Cerezo, disputados pelos milhões de dólares do mercado europeu. Mesmo assim, como se viu, a Copa não veio, uma inspirada Itália estava no caminho, com o quarentão Dino Zoff no gol e o centro avante  Paolo Rossi na artilharia.
Mas, a velha guarda não esquece o duelo com a nossa eterna rival, campeã na Copa de 1978. No estádio Sarriá, de Barcelona, contra o jovem Diego Maradona estreando em mundiais, uma portentosa vitória por 3 a 1, gols construídos com engenho e arte por Zico, Júnior e Serginho.

Em 1990, na Itália, Maradona e Caniggia comemoraram a eliminação do Brasil.
A VINGANÇA DO GÊNIO
Como diz a história, na Copa do México, em 1986, Maradona costurou a vitória da Argentina, até a jogada final que nocauteou a Alemanha na decisão. Contratado a peso de ouro, desembarcou em Nápoles, e em 1986/87, foi o cérebro do primeiro título nacional do Nápoli. Tendo o brasileiro Careca na parceria.
Em 1990, na Copa do Mundo na Itália, cada um com a sua camisa. O Brasil de Careca e a Argentina de Maradona,  no duelo de Turim, como se sabe, seguiam empatados até os últimos minutos. Maradona,  no meio do campo, saiu em disparada, passou sucessivamente por Alemão, Dunga e Ricardo Rocha, e quase cara-a-cara com goleiro Taffarel, entregou a bola para o seu companheiro Caniggia  escolher o canto e despachar o Brasil de volta.
Naquela Copa o Brasil não perdeu apenas o título. Perdemos todos o grande João Saldanha, militante político, comentarista de rádio e televisão, articulista na grande imprensa. Fumante para ninguém botar defeito, aos 73 anos, com enfisema pulmonar, insistiu em embarcar para cobrir mais uma Copa. Morreu em Roma. 
João F.Tidei Lima/ Historiador

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