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| Pena que somente 167 pagantes viram a boa vitória do Alvirrubro |
Era preocupação da coluna como o Noroeste se comportaria após demitir Amauri Knevitz, até então o treinador endossado pela diretoria para montar o time de 2013 via Copa Paulista. Chegou Moisés Egert e essa mudança de rota significou, na verdade, um recomeço. Não da estaca zero, pois o elenco é o mesmo, mas esses jogadores, antes supostamente garantidos no ano que vem, agora têm que correr dobrado. E as primeiras impressões do novo comando são boas. Não muito pelo empate com o Penapolense, pois o time já se comportava bem fora de casa, mas sobretudo na vitória de ontem sobre a Santacruzense. E não afirmo pela goleada (4 a 1), mas pela escolha de Egert.
Quem acompanhou a Série A-2 semestre passado há de se recordar da última rodada da primeira fase. Norusca classificado, em casa, contra o rebaixado União São João. Uma vitória colocaria o time na quarta posição, com direito a disputar a rodada final da fase decisiva no Alfredão. Knevitz escalou os reservas, perdeu o jogo e terminou em sétimo. O resto da história, todo mundo sabe: passou perrengue em seu grupo e não subiu.
Eu já me preparava para lamentar semelhante equívoco se Egert resolvesse poupar o time inteiro, mesmo sabendo que a colocação noroestina não se alteraria, qualquer que fosse o resultado. A questão é que cumprir tabela contra a fraca Santacruzense seria um “jogo-treino de luxo”, ótima oportunidade para o novo comandante acertar ainda mais a formação da equipe. Poupando apenas três titulares (Lima, Ruan e Gilsinho), o Alvirrubro voltou a vencer de forma convincente em casa, para diminuir o saldo ruim da “síndrome do Alfredão” (apenas nove vitórias em 19 jogos como mandante em 2012).
Não faria mesmo sentido escalar os suplentes depois de o Noroeste folgar na rodada anterior. O treinador pediu empenho aos atletas, respeito ao frágil adversário e deu tudo certo. O momento é de foco e muito trabalho. Que descansem em dezembro, de preferência como campeões da Copa Paulista, por que não?
Grupo forte
Para reconquistar o título que ganhou em 2005, o Norusca terá trabalho, mas não há bicho-papão. O Rio Claro tem 70% de aproveitamento, mas apenas oito gols marcados em dez jogos. Por lá atua o rodado centroavante Alex Afonso, que ainda não marcou na competição. Os outros dois adversários têm aproveitamento de pontos semelhante ao do Noroeste (entre 52% e 56%). Não se pode ignorar a força do Paulista de Jundiaí, atual bicampeão da Copinha. E o Grêmio Osasco, vice-campeão da Série A-3, está com estrutura cada vez mais forte, com o agora cartola Vampeta à frente. Em campo, o time da Grande São Paulo tem um velho conhecido dos alvirrubros: o meia Betinho, que “deu um perdido” após boa campanha na A-2.
Fernando BH - Site do Canhota 10
