Titular da Seleção, Rivelino era a estrela desse Corinthians em 1973 |
BOCA E
CORINTHIANS, OU MARADONA E
RIVELINO
Com a mão
na Taça Libertadores, depois de resistir ao sufoco na Bombonera, o Corinthians
conta as horas para consolidar a conquista. Por falar
em Bombonera, a televisão focou seguidas vezes a aflição, junto à torcida, do antigo ídolo do Boca, Diego Armando
Maradona. Não esqueço de uma entrevista, anos atrás, de Maradona na TV Cultura.
Lá pelas tantas, uma afirmação categórica: sua fonte de inspiração, uma espécie
de matriz para modelar seu futebol genial, foi Roberto Rivelino.
Na ocasião,
a Cultura exibiu alguns lances do Riva,
correndo, driblando, dando chapéu, cobrando falta, em resumo, demolindo as
defesas rivais, como faria mais tarde Maradona.
Na foto
Rivelino aparece numa das formações do Corinthians, em 1973: em pé, da esquerda
para a direita, Zé Maria, Vágner, Ado, Tião, Luís Carlos e Miranda; agachados,
Vaguinho, Lance, Mirandinha, Rivelino e Marco Antonio.
Em 1980, Beckenbauer (à esq.) abraça o futuro astro Maradona |
A PALAVRA DO KAISER
Antes
vestir a camisa do Boca Júniors, a partir de 1982, Maradona estagiou no pequeno Argentinos
Júniors. Foi quando cruzou, em amistoso
de 1980, com o capitão da grande
Alemanha, campeã mundial de 1974, Franz Beckenbauer, o consagrado Kaiser,
àquela altura vestindo a camisa do Cosmos de Nova York.
Beckenbauer
não teve meias palavras para avaliar Maradona, então festejado como a grande
sensação do Mundial de juvenis. :
-Não tenho a menor dúvida que Maradona é,
hoje, a maior revelação do futebol
mundial. Tem todas as virtudes para brilhar durante muito tempo.
João F.Tidei Lima/ Historiador