NORUSCA,MAIS BOLA, MENOS BUROCRACIA

 Já estou pegando ar com esse futebol burocrático que vem sendo jogado pela maioria dos clubes brasileiros. A assessoria de imprensa do Noroeste, que por sinal faz um excelente trabalho, vem divulgando notas expressivas do clube, como o terceiro melhor ataque - 30 gols em 18 jogos -, segundo lugar em público pagante, invencibilidade em casa, e o mais importante: a vaga na fase decisiva do Campeonato Paulista da Série A2. 

Eu sei perfeitamente das dificuldades para conquistar o acesso à elite, mas se está tudo muito bem, poderia estar melhor ainda se o time de Amauri Knevitz fosse mais ousado. De grão em grão a galinha enche o papo, sim, mas o torcedor quer ver bom futebol, e tem razão em vaiar, como aconteceu nos três empates seguidos contra adversários modestos e com a corda no pescoço. 

É inadmissível o Norusca de tanta tradição atuar em seu campo com três volantes de marcação e apenas um atacante. Claro que é melhor jogar mal e vencer, do que jogar bem e perder, mas não é nenhum bicho de sete cabeças alcançar as vitórias com boas exibições. Com isso, o time ganha moral, passa a ser encarado como um papão e deixa a torcida bem feliz. Aliás, seria uma forma de retribuição ao apoio que vem recebendo da galera. 
A média de público pagante na Segundona vem sendo superior a do Paulistão de 2011, nos jogos em Bauru contra times do Interior. E todo o mundo amanhã no Alfredo de Castilho para o jogo contra o União São João. Os ingressos estão à venda em sete pontos, entre eles a Music Sound (Bauru Shopping), loja de discos dirigida pelo Marcão, noroestino fanático. Uma arquibancada custa apenas 10 reais.
Leonardo de Brito/ Jornal da Cidade

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