Pelo regulamento da Série A-2, na primeira fase, os 20 clubes jogarão entre si em turno único, classificando-se os oito primeiros, que seguem na briga pelo acesso. Por outro lado, os quatro últimos serão rebaixados para a Série A-2. Na segunda fase, os oito times que avançaram serão divididos em dois grupos de quatro equipes, que jogarão dentro de suas respectivas chaves em turno e returno. Garantem o acesso os dois melhores colocados de cada grupo. Os primeiros colocados de cada chave fazem a final da competição, que tem previsão de término para o dia 13 de maio.
Definida a tabela e conhecidos datas e horários da A-2, resta ao Noroeste “acertar a casa”. O clube vive preocupante indefinição que já compromete a preparação para a Segundona. A dois meses do início da competição, o clube não tem nem mesmo um diretor de futebol para contratar um técnico e iniciar a aquisição de reforços para disputar a competição. Sem um responsável pelo futebol profissional em plena época de montagem do time, fica a questão sobre quem vai procurar e contratar um treinador, negociar a renovação ou a dispensa de jogadores e coordenar todo o processo de contratações de atletas para a Série A-2.
A indefinição no Noroeste é tamanha que nem a permanência do presidente Damião Garcia é certa. Caso Damião deixe o comando do clube, as incertezas se multiplicam, uma vez que o vice-presidente, João Bidu, já descartou completamente a possibilidade de assumir o cargo máximo alvirrubro. Pelo estatuto, com uma hipotética saída dos atuais presidente e vice, a missão de conduzir o clube ficaria a cargo do presidente do Conselho Deliberativo, Abel Abreu. De qualquer forma, a tarefa será ingrata para quem se dispuser a desempenhá-la, mesmo que Damião siga no clube, já que o Noroeste precisaria contratar a tempo de dar o mínimo de padrão de jogo ao time se quiser sonhar com acesso e não correr o risco de um novo rebaixamento.
Wagner Teodoro/Jornal da Cidade