MEMÓRIA DA BOLA

A escalação do Santos, campeão de 1956, começava com o goleiro Manga.
 TODOS OS GOSTOS
A velha guarda está aí para conferir. Havia apelido para todos os gostos. Por exemplo, a  Portuguesa, do lusófilo bauruense Pedro Carvalho, lá pela metade do século passado, tinha no ataque os irmãos Pinga I e Pinga II.
O Noroeste teve Caju, Feijão, Limão e Chocolate. Pelo BAC jogaram Passoca, Polenta e Coquinho.
Zagueiro e capitão do XV de Piracicaba, Pepino impunha respeito.Já no Taubaté, o técnico Aymoré Moreira não dispensava a escalação do meia Manteiga. E no Jabaquara o técnico Filpo Nuñes apostava nos gols do artilheiro Melão. 
Não precisamos  ir tão longe no tempo e no espaço. Aqui entre nós, nos dias de hoje, a massa de ouvintes da Jóvem Auri-Verde conhece seu  competente comentarista esportivo pelo apelido de Cacau...

À altura de 1955, Pitico era um dos líderes da Ponte Preta
PRAGA DE MÃE...
Essa Ponte Preta da foto, tem, em pé, da esquerda para a direita, Albano, Bruninho, Andu, Lindoia, Pitico e Carlinhos; agachados, Noca, Baltazar, Paulinho, Friaça e Cido.
Fundada em 1900, a Ponte entrou na Primeirona em 1951.Em 1960 foi rebaixada. Antigo ídolo, o médio Pitico, injustamente, foi quase banido do estádio Moisés Lucarelli.
Humilhado, recolheu-se num silêncio de cemitério. Mas não a sua mãe, que,  indignada, bradou contra a injustiça. Lançou uma maldição: a Ponte Preta vai ficar 7 anos na Segunda Divisão!
Passando ao largo da ameaça, a Ponte tratou de montar um time competitivo para voltar, sem demora, à Primeira Divisão. A disputa tinha lá os seus imprevistos. Até que uma vez deu certo, e a velha Ponte Preta voltou à Primeirona...exatos 7 anos depois!
Não existe em Campinas, pontepretano da velha guarda que não conheça, e não acredite, na fôrça da Praga da Mãe do Pitico.
João F.Tidei Lima /historiador


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