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Aldo, Antonio Sérgio e esse esbriba, o HPA, pouco antes de tomarmos o gol fatídico a nos derrota |
Sábado, 13/08, eu e mais 201 pessoas cometemos mais
uma loucura, mesmo cientes de que teríamos dores de cabeça e algo a lamentar lá
na frente. Não deu outra. Eu e Aldo Wellicham fomos ao campo do Noroeste
assistir a contenda contra o Penapolense. Um desastre como quase todos os
últimos jogos do nosso querido “vermelhinho”. Chegamos na hora, papeamos
alegremente na entrada do estádio e junto de um amigo do Aldo, o Antonio
Sérgio. Pela primeira vez não vou sentar junto da Sangue Rubro nas
arquibancadas quase vazias, sento na coberta, as cadeiras numeradas, colocado
lá pelos citados amigos.
O jogo é lastimável desde o começo. Não sei como podem
contratar tanta gente sem qualificação e com nenhuma identificação com a camisa
do time. O Noroeste é um dos únicos times que ainda paga em dia, come-se bem,
dorme-se bem e o local de treinamento é bom, mas o pessoal escolhido pelo grupo
dominante é de uma desqualificação a olhos mais do que vistos. Ou não entendem
nada mesmo de futebol ou estão contratando de olhos fechados, sem qualquer tipo
de avaliação profissional. Tem coisas que não existe como se entender dentro do
Noroeste. Essa uma delas. Essa era a hora de uma guinada, alguém lá dentro com
a cabeça no lugar, dar um breque em tudo, reformular tudo, tirando todos esses
que não acrescentam nada à história do time e buscar gente aqui de Bauru, gente
que entenda de futebol.Vou citar três. Certa vez falaram em dar um cargo para
o repórter esportivo JOTA MARTINS, hoje na 87FM.
Tanto falaram que ele não
assumiu. Vejo um outro nas arquibancadas, o comerciante MARCOS CUNHA, também
chamado por alguns de MARCOS Shopping, devido sua loja musical no Bauru
Shopping. Outro, irritado com a atual situação é o CÉSAR MELEIRO, bancário
aposentado e hoje atuando numa firma de cobrança. Esses três são noroestinos
até debaixo d’água (em cima também). Uma frase do Jota eu utilizo sempre: “Pode
o time grande torcer perder que não sinto muito, mas quando o Noroeste perde
meu dia está estragado”. Com o Marcos vivencio isso o vendo assistir aos jogos.
Fica isolado da torcida, quase na beirada do campo e gritando com os jogadores
do lado de lá do alambrado. Parece um técnico. E por que não poderia sê-lo? A
minha idéia nesse momento quase desesperador é essa. Mandar esse Saran para a
ponta da praia, pois o Noroeste com ele não possui conjunto algum, nenhuma
jogada ensaiada, não demonstra trabalho de equipe, sendo um amontoado de
jogadores (sic) desconexos e perdidos.
Esses três poderiam dar nesse momento o seu quinhão de
contribuição para o Noroeste. Seria algo como o torcedor e um vibrante
jornalista poder participar e contribuir para retirar o time da situação em que
se encontra. Não seria uma idéia interessante? Vamos todos refletir sobre isso?
Se o Marcos já é nosso técnico do lado de cá da arquibancada, que se oficialize
tudo o colocando do lado de lá e com o Jota, que se delete o tal do Beto e no
seu lugar alguém que efetivamente goste do Noroeste e o Meleiro, uma função de
interligação, com os pés no chão, mas tendo o verdadeiro amor pelo clube como
mola propulsora. Pode não ser a melhor solução, mas vejo uma luz no fim do
túnel com eles por lá. Pelo menos mais diálogo teríamos entre a direção do
clube e seus torcedores. Que tal amadurecer melhor tudo isso?
Quanto ao jogo que assistimos, decepção e tortura. O
que valeu foi perceber a luta de uma trabalhadora do Noroeste, a CÉLIA, indo de
cadeira em cadeira, contatando os torcedores, propondo algo para ajudar o clube
e fazendo algo que nunca vi sendo feito por lá, ouvindo os torcedores. Mas isso
é dela, que é uma pessoa com percepção. Tirou fotos de todos e diz que irá
publicar num mural do time. Valeu também pelas fotos com o pessoal da 87FM e da
Jornada Esportiva, juntos nessa empreitada desse torneio caça-níquel.
, que nesse dia estava narrando um jogo em
Pirajuí e quem estava no comando do microfone era o Toni de Paula. Na foto ele,
junto do comentarista Claudinho do Queijo e do Fernando Moratelli, uma jovem
cabeça a repensar o Noroeste. Sentamos todos lá nos fundão das cadeiras junto
do Ademir Elias, um outro que adora o clube e o comendador Cláudio Amantini,
junto de sua esposa a Valéria e a filha (já envergando a camisa vermelha), a
Claudinha. Foi a coisa mais triste desse mundo esse grupo todo, após tirarmos
belas fotos juntos, tomar aquele gol quase no final e todos saírem cabisbaixos,
entristecidos até a medula com os destinos dados a um centenário time.
Do jeito
que está, cheguei a rir vendo os torcedores da Sangue cercando jogadores na
saída e buscando dele algo como a conquista do torneio. Mas como, se nem ganhar
dos últimos colocados estamos conseguindo? Mudança já e minha proposta está
lançada.
Henrique Perazzi de Aquino, especial para o blog do
Reynaldo Grillo
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Cristiane, musa da Jornada Esportiva, espécie de faz tudo numa rádio internética e esposa do locutor Rafael Antonio | |
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A reunião de uma turma de torcedores, em
duas fileiras. Pouco depois da foto, quando já amargávamos o empate,
viria o gol detonador e uma compulsiva tristeza |
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O trio calafrio, Antonio Sergio, Marcos Cunha e Aldo Wellincham |
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Valéria, Claudinha e seu Cláudio Amantini, ainda alegres, antes de perdermos o jogo |
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O trio de ferro do rádio, unindo forças FM
87 e Jornada Esportiva, locutor Toni de Paula, comentaristas Claudinho
do Queijo e Fernando Moratelli, estraçalhando nos bastidores e sofrendo
com a penúria do time. |
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A funcionária Celi, prestativa no trato
com os entristecidos torcedores e querendo vender seu peixe mesmo diante
de um caos anunciado |
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Cesar Meleiro aguarda pacientemente numa interminável fila para a compra do seu ingresso |
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Um lance do jogo, tendo junto a bandeira de escanteio o médico dr Omar Haddad entrando rapidamente em campo |
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O jornalista Ademir Elias, assessor de
imprensa da Prefeitura Municipal e torecedor de ir a todos os jogos no
Alfredão. Esteve no sub 15 pela manhã, foi para casa, almoçou e voltou à
tarde |
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Marcos Cunha, nosso técnico das arquibancadas, num canto da foto, dando instruções a um time que não entende nada de nada. |