O E.C.Paulista foi destaque no quadrangular da ACEB em 1957 |
A ACEB EM CAMPO
Fundada em 1949, a Associação dos Cronistas Esportivos de Bauru, costumava também patrocinar torneios, valorizando o futebol amador da cidade.
Como o quadrangular de 1957, reunindo equipes filiadas `a Liga Bauruense de Esportes. Uma delas, o E.C.Paulista, conforme a foto tirada no velho Alfredão: em pé, da esquerda para a direita, Esquerdinha, Celso Lamônica, Syca, Durval, Tito Preto, Zé Roberto e o técnico Brandãozinho; agachados, Nenê Malé, Hermano, Miro, Serginho e Amaro.
Celso, Nenê e o técnico Brandãozinho já nos deixaram.
Em 1976, o zagueiro Moisés, desse Corinthians, avaliou o Belfort Duarte |
VIOLENCIA E VIRTUDE
Por falar em disciplina, a Rede Globo, coisa de 4 ou 5 anos atrás, restabeleceu o chamado prêmio Belfort Duarte, a ser concedido anualmente ao jogador mais disciplinado.
O pessoal mais antigo lembra do Belfort Duarte de outros tempos, aquele criado em 1945 pelo Conselho Nacional de Desportos, e concedido ao atleta, amador ou profissional, "sem qualquer punição da Justiça Desportiva durante um período de 10 anos".
Os registros apresentavam João Evangelista Belfort Duarte (1883-1918) como um estudante de classe média que jogou pelo Colégio Mackenzie e foi campeão pelo América carioca em 1913.
Além de bater bem na bola dentro do campo, fora dele Belfort batia com igual vigor contra a estrutura elitista que então norteava a organização do futebol entre nós. Para contrabalançar o peso dos clubes aristocráticos da Zona Sul do Rio, estimulava a união dos clubes da Zona Norte, onde vivia o proletariado. Afrontou também o racismo, que impunha barreiras à participação dos negros.
Durante décadas, o prêmio foi uma distinção honrosa, exibida com orgulho pelos atletas contemplados. Até que, lá por 1976, o zagueiro Moisés, do Corinthians, usou a chuteira em vez do cérebro, para fazer a sua avaliação:
--Zagueiro que se preza não pode querer ganhar o Belfort Duarte.
Moisés Mathias de Andrade (1948/2008) aparece nesse Corinthians de 1976: em pé, da esquerda para a direita, Zé Maria, Tobias, Moisés, Zé Eduardo, Givanildo e Wladimir; agachados, Vaguinho, Neca, Geraldo, Ruço e Romeu.
Por João F. Tidei Lima ( Historiador)