Sem essa de time grande

Essa primeira fase do Paulistão todo ano repete o mesmo nivelamento entre os clubes participantes. Grandes e pequenos misturam-se numa competição nivelada, principalmente porque os grandes ainda não se organizaram suficientemente para a temporada que se inicia.
Os Pequenos perdem muitas vezes uma excelente oportunidade para deslanchar no começo do Campeonato e ficar tranqüilos especialmente quanto ao rebaixamento. Aqueles que não se tocam, seja lá por qual razão for, acabam sendo rebaixados.
O Paulistão de 2011 já está mostrando essa realidade. Pelos resultados e tropeços dos grandes clubes, mas não ainda grandes times, observa-se que as equipes pequenas têm que entrar em campo com outra mentalidade: encarar para valer qualquer adversário. E não tem essa de time grande, nem de jogar dentro ou fora de casa.
Quando o Noroeste empatou com o Corinthians em São Paulo e eu nesta coluna cobrei mais empenho e otimismo, pois poderia ter vencido o jogo, muita gente achou que eu estava querendo demais. Os resultados têm provado que eu tinha razão.
Digo isso exatamente porque o Noroeste joga com o Santos na sexta feira na Vila Belmiro. Teoricamente um jogo quase perdido. Um grande e ainda na sua casa. No entanto esse raciocínio não é verdadeiro.
O Santos, depois de um bom começo, vem tropeçando constantemente também contra clubes pequenos e ainda não está contando com Neymar e Paulo Henrique Ganso, seus principais jogadores. É perfeitamente batível, mesmo na Vila Belmiro, por que não? É preciso acreditar.
O que tem sido um ponto fundamental e muito nítido nos jogos do Paulistão é o espírito de luta. O time tem que dar o máximo, especialmente na marcação. A combatividade é a principal arma a ser usada literalmente a esta altura do campeonato.
Está ainda faltando futebol e isso tem que ser superado com correria e combatividade. O próprio clássico entre Palmeiras e Corinthians mostrou que essa é uma verdade inconteste. Foi uma verdadeira guerra no item combatividade. Muita luta e pouco futebol.
Se é válido para grandes, muito mais para pequenos. O experiente técnico Lori Sandri vai, com certeza, passar essa visão aos seus comandados e o Noroeste tem que entrar na Vila com muita garra para não deixar o Santos jogar e em contra-ataques buscar o gol. Com a velocidade de Diego, Zé Carlos e Aleílson os gols podem surgir.
A ordem é: Todos podem vencer todos no atual momento do Paulistão – vide Botafogo 2 x 1 São Paulo, etc. – Portanto o Noroeste também pode vencer o Santos na Baixada.
Por Paulo Sergio Simonetti 

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