Noroeste precisa de objetivos no Paulistão


O Noroeste já está formando seu elenco para enfrentar o Paulistão 2011. Quinze jogadores serão contratados para compor a equipe. Eles vão se juntar a alguns remanescentes da Copa Paulista.

O desafio é grande. Num primeiro momento pesa muito a responsabilidade de honrar o heróico retorno a Série A1. Seria inconcebível uma vacilada e um amargo regresso à Série A2. Nem pensar.

O dinheiro da Televisão para os clubes pequenos soma R$ 1.600 mi. Uma média aproximada de R$ 800 mil por mês. Não é o suficiente, mas é um bom dinheiro. Já dá um fôlego para a diretoria organizar o orçamento para a competição.

Contar com a renda dos jogos, infelizmente é um expediente descartado aqui em Bauru. O público pagante nos jogos em Alfredo Castilho é bastante reduzido. Nem os grandes oferecem resultados significativos. E serão apenas dois: Palmeiras e São Paulo.

Ainda valeria à pena um esforço do departamento de marketing do Noroeste para bolar alguma promoção e tentar levar torcida ao estádio. Não apenas nos jogos dos grandes, mas algo que possa atrair público para todas as partidas do Paulistão.

Nossa preocupação em relação à participação noroestina é tentar enxergar um foco, um objetivo ao participar da elite paulista.

Esse foco não pode ser outro que não a classificação entre os oito primeiros colocados, para poder almejar uma continuidade no campeonato. Jamais ter em mente aquela idéia de lutar para não ser rebaixado.

Sempre lembro: Quem entra com essa mentalidade acaba caindo. O objetivo é buscar ficar entre os oito.

Depois vem outra etapa e tudo pode acontecer. Será um mata-mata, num jogo só. O time pode estar num bom momento, animado pela classificação e conseguir uma vitória, já passando direto para as semifinais.

São divagações, mas perfeitamente viáveis e cabe ao técnico passar isso para os jogadores e todo o grupo fechar em torno desse ideal, para disputar o Paulistão com ambições e objetivos.

Faço essa advertência, porque é muito comum, uma verdadeira rotina, os empresários ficarem como urubus, já encaixando os jogadores em outras agremiações muito antes do clube concluir sua participação na competição.

O atleta já fica com a cabeça longe do seu trabalho no Noroeste, começa uma dispersão psicológica e adeus concentração e foco no projeto inicial de buscar resultados positivos e conquistas mais honrosas para o clube bauruense.

Envolver técnico e jogadores nesse ideal é uma tarefa que cabe aos dirigentes, criando para tanto algumas premiações especiais e outras vantagens. E mais. Se o clube vai longe os jogadores também se valorizam e podem fazer contratos melhores com os novos clubes que vão integrar em outros campeonatos mais importantes.
Por Paulo Sergio Simonetti







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