FPF tenta salvar o Paulistão

FPF tenta salvar o Paulistão. Semana passada comentamos nesta coluna sobre os riscos que o Paulistão corre de se tornar uma competição desinteressante, por vários motivos. Desde calendário até uma inviabilidade, tanto para os grandes quanto para os clubes pequenos.
 
Para 2011 a Federação Paulista de Futebol aumentou a premiação em dinheiro, melhorou os valores pagos pela Televisão, promoveu alterações na tabela, eliminando os turnos sumários e introduzindo quarta de final com os melhores classificados e uma experiência nova: cinco árbitros num jogo. 
 
Tenho dúvidas quanto a esse aumento de auxiliares, dois, à arbitragem das partidas. Serão mais duas pessoas a dar pitacos nas decisões dos lances. E será que vão ter microfones e intercomunicadores também? Com certeza que sim.
 
Sempre defendi a tese de que o árbitro é um ser humano e tem o direito de errar. Ele está ali para decidir e não necessariamente para acertar sempre. Há essa margem de segurança que deveria ser mais tolerada.
 
Com mais dois auxiliares, que ficarão atrás das metas, com os dois que já ficam nas laterais do campo, o juiz contará com quatro bandeirinhas “ajudando” nas suas decisões. Podem contribuir, mas podem também complicar.
 
Estamos cansados de ver bandeirinhas atrapalhando os árbitros e criando tumulto durante os jogos, gerando confusões em lances polêmicos, marcando impedimentos milimétricos, etc. E o juiz aproveita para transferir a responsabilidade.
 
Se for para decidir com absoluta certeza, sem erros, não serão mais dois seres humanos que vão resolver o problema.
 
Nesse caso deveria se recorrer à tecnologia. Chip na bola, câmeras e sensores por todo o campo de jogo, vídeo dos lances polêmicos e outros tantos recursos informáticos, cibernéticos, para decidir o que foi e o que não foi.
 
Seria o ideal? Não sei, mas seria o correto. Os jogos ficariam chatos de assistir. Cada jogo levaria quase o dobro do tempo de hoje. Ficaria meio parecido com o futebol americano. As partidas seriam interrompidas para ver tapes das jogadas, análise de um painel central para checar as indicações dos chips, e outras tantas geringonças, quantas fossem introduzidas.
 
Medidas para salvar o Paulistão são bem vindas e podem ajudar, especialmente os pequenos clubes, como o Noroeste, por exemplo, que volta agora à elite paulista e não tem nenhuma outra competição para se agarrar.
 
Quanto ao auxiliar de meta, vamos ver na prática como funciona. O que precisava era orientar a padronizar as arbitragens em conceitos simples, mas necessários, tais como:
Quem manda no jogo é o árbitro, a responsabilidade é dele – Bandeirinha só deve se manifestar se o árbitro pedir – Ele pode erguer sua bandeira, mas não quer dizer que por isso o juiz precisa mudar sua decisão. Ele é meramente auxiliar e como tal só insiste em sua opinião se o juiz solicitar.
 
Como está acontecendo hoje, muito diferente de alguns anos atrás, o juizão está tirando da reta, como se diz, e o auxiliar cada vez mais está ocupando espaços decisivos nos jogos e vamos ser sinceros, fazendo muitas trapalhadas. Eles querem ser mais realistas que o rei.
Por: Paulo Sergio Simonetti
 

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