QUANDO O ÁRBITRO ERA O SUJEITO DA HISTÓRIA



Paulistão de 1955: o árbitro João Etzel Filho, no centro do campo do velho Alfredão
Leitor assíduo desta coluna, o fanático noroestino Reynaldo Grillo, há 25 anos morando nos Estados Unidos, me consulta à propósito da foto acima: flagrante colhido momentos antes do jogo Noroeste e Corinthians no dia 4 de setembro de 1955.

Três dias antes, o Norusca tinha festejado os 45 anos. Mas o cesto de flores, depositado no gramado, entre os capitães dos dois times, o centroavante Baltazar (à esq.) e o quarto-zagueiro Mingão, tinha outro destinatário: o árbitro do jogo.

Ladeado na foto pelos bandeirinhas Casimiro Gomes e Cláudio Bissi, o árbitro João Etzel Filho era unanimidade nacional enquanto competência e conhecimento técnico.

E não era só isso. Sabia, como ninguém, construir ou administrar um resultado. Operava, costumeiramente, no meio do campo, longe das zonas perigosas.

É evidente que a urdidura se fazia nos bastidores.Mas, Etzel não dispensava, mesmo sendo em público, a oferta, por exemplo, de um singelo cesto de flores, como aparece acima.

Em tempo: com gols de Colombo e Ranulfo, o Demolidor Ferroviário nocauteou o Corinthians, que fez apenas um gol, através de Paulo.

E João Etzel Filho, com atuação impecável, não precisou nem agradecer, pelas flores, ou por outras gentilezas.../

O ESPORTE ENTRE OSPARADIGMAS DA ÉPOCA
 Esta seleção de basquete feminino era um retrato de Cuba em 1953
Por força da crise que hoje exige urgentes mudanças no país, os cubanos da velha guarda olham para o passado que antecedeu a revolução liderada por Fidel Castro, a partir de 1959.

Quando Cuba era uma espécie de quintal dos Estados Unidos, de onde saíram os grandes proprietários do açúcar cubano. Com a revolução, tudo foi estatizado. Os Estados Unidos reagiram e determinaram um cêrco para isolar Cuba. Fidel foi, então, se socorrer na outra potência mundial, a 

União Soviética. Para poder levar adiante as mudanças, que priorizaram a saúde e a educação.
E também  a massificação no esporte, prática que passa a ser obrigatória em todas as escolas. 

Radicalmente diferente do que existia. Por exemplo, num país com população majoritariamente negra e mestiça, o basquete cubano era exclusividade de uma minoria, como mostra a foto acima.

J.F.Tidei de Lima/ historiador

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