Noroeste dá vexame e perde de 3 a 0



O Noroeste decepcionou os poucos torcedores que foram ontem ao Alfredo de Castilho, na estreia do time na segunda fase da Copa Paulista.

O time sucumbiu frente ao Barueri, por 3 a 0, e saiu vaiado de campo pela torcida, que não perdoou também o técnico Luciano Dias, que fazia sua primeira partida no banco de reservas alvirrubro nesta competição.

Com o resultado, o Noroeste fica sozinho na lanterna do grupo 7, já que os outros dois integrantes da chave, XV de Piracicaba e Francana empataram. O Barueri é o líder.

Porém, ao menos com relação à tabela de pontuação, o técnico Luciano Dias acha que a derrota não é tão significativa. “Toda derrota em casa é complicada, mas não ainda em termos de classificação”, acredita. “Claro que o grupo fica com o moral baixo”, ressalva. “Mas vamos trabalhar pela reação”, disse.

Luciano Dias retornava ao banco de reservas do Noroeste. Para o treinador, seus comandados tiveram grande dificuldade em superar a retranca adversária.

Postado na defesa, o Barueri aproveitou os contragolpes e, ao mesmo tempo, foi brindado com falhas noroestinas, algumas provocadas por desequilíbrio emocional, segundo o próprio Dias. “Eles se postaram lá atrás e criaram dificuldades”, observa.

Para o volante Ernani, o fator emocional preponderou para a derrota. “Tomamos um gol no final do primeiro tempo e isso mexeu demais conosco”, admite o jogador, ao discordar do desabafo de alguns torcedores, que, além de pedirem a cabeça do treinador, diziam que o time “amarelou”. “Não tem essa de amarelar”, refuta. “Perder em casa com placar elástico gera cobrança. Temos que trabalhar para buscar a reabilitação na quarta-feira”, vislumbra, sobre o próximo compromisso noroestino, frente ao XV de Piracicaba, fora de casa.

O jogo

Sem ligação entre meio e ataque, o Noroeste tenta bolas enfiadas ou alçadas pelos flancos. Sem objetividade, pouco ameaça.

O Barueri se mantém fechado. Em jogo concentrado no meio, o Noroeste peca pela falta de objetividade e só assusta em bolas paradas ou raras boas descidas que resultam em cruzamentos.

Mesmo pouco agredido, o Noroeste é ameaçado aos 30. Everton encontra uma avenida na zaga alvirrubra e finaliza com perigo, para fora

O Norusca não se impõe. Após os 30, tenta criar. Aos 36, David passa pela defesa em boa descida pela direita, bate cruzado mas a zaga tira.

Aos 41, Camilo defende chute fraco de Cleverson. A torcida clama pela entrada do atacante Rafael Aidar. Aos 44, o castigo: Juninho emenda de dentro da area após cruzamento pela direita de Vanderson, após vacilo da zaga.

Mas o leite azeda é no segundo tempo. O Noroeste vai para cima, não consegue o empate e ainda abre espaço.

Aos 16, num lance infantil no meio campo, Giovani é expulso. Logo depois, os visitantes perdem Diogo, que leva o segundo amarelo ao concluir para o gol com o jogo parado, após impedimento.

Nada disso mudou o panorama, nem a aclamada entrada de Aidar. Aos 28, Vanderson entra tranquilo na cozinha alvirrubra e apenas tira Yuri da jogada para ampliar. Aos 32, Magrão fecha o caixão. De pênalti, ele decreta 3 a 0 e um amargo sábado à noite para os noroestinos.

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