Alfredão precisará instalar câmeras para vigiar torcida


Para seguir o Estatuto do Torcedor, o estádio terá de colocar câmeras próximas aos locais de acesso da torcida
 O Noroeste terá que adequar o estádio Alfredo de Castilho às mudanças definidas com a alteração no Estatuto do Torcedor, sancionada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criminaliza a violência nos estádios (confira em quadro nesta página). Pelo novo texto, os locais com capacidade mínima de 10 mil torcedores terão de ter uma central técnica de informações, com monitoramento feito por câmeras nas catracas e do público presente ao jogo. De acordo com o site oficial do Noroeste, a capacidade do Alfredão é de 18.840 espectadores. E o Norusca terá de fazer isso o mais rápido possível, pois a lei já está em vigor.

O gerente de futebol do Noroeste, Ricardo Occhiuto, afirma que o Norusca está preparado para as mudanças. “Os estádios vão ter que se adequar. Isso, é claro, tem custo, mas o Noroeste não está fora e vai tomar as devidas providências”, garante. Occhiuto não estipula um prazo para as adequações serem realizadas no Alfredão e lembra que o investimento não será barato. “A gente tem que ter um planejamento, pelos custos. Em função da estrutura do estádio, quando a gente fala em custos, é um pouquinho mais. Mas, na medida do possível, a gente vai tomar as providências”, reitera.

O gerente de futebol alvirrubro aprovou as mudanças no texto do Estatuto do Torcedor, que preveem, entre outras definições, proibição de venda de ingressos por cambistas, com pena de prisão de um a dois anos para o infrator, responsabiliza as torcidas organizadas pela atuação de seus filiados, respondendo judicialmente pelos danos causados por qualquer um de seus associados no local do evento esportivo, em suas imediações e no trajeto para o estádio e ainda aumenta o rigor contra torcedores que praticarem violência e vandalismo nas proximidades de estádios ou invadirem o campo, que podem ser punidos com multa e prisão.

“Acho que as mudanças vêm em boa hora, são benéficas. Na Europa isso já foi empregado e foi bem sucedido. Esperamos que venha para criar as represálias ao cidadão que não vem ao estádio para ver um espetáculo e sim para criar tumulto”, considera Occhiuto. O gerente alvirrubro cita o exemplo europeu como mecanismo eficiente para coibir a violência nos estádios. “Essa é uma questão até de cultura no Brasil, onde não estávamos acostumados com câmeras. Hoje, principalmente na Inglaterra, o torcedor que invadir o campo é punido, o torcedor que tiver um mau comportamento é punido. A responsabilidade também é das próprias torcidas organizadas em adequar este cidadão”, aponta.
Por: Jornal da Cidade

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