MEMÓRIA DA BOLA



Em 1959, o ponta direita Julinho sacudiu o Maracanã
VINGANÇA DO JULINHO

Treze de Maio à vista, esta memória esportiva viaja até 1959, meu saudoso pai me levou para conhecer o Rio de Janeiro, ainda a capital do país. Programa obrigatório, a presença  no maior estádio do mundo, o velho  Maracanã lotado por 120 mil torcedores,  jogo com a Inglaterra.
Pelos alto-falantes as escalações, os times entrando em campo, o nosso técnico Vicente Feola tinha escalado o paulista Julinho no lugar do gênio e ídolo carioca Mané Garrincha. Vaia geral, ensurdecedora, meu pai e eu nunca tínhamos ouvido e presenciado coisa semelhante.
Começa o jogo, Julinho logo responde porque entrou em campo: fez 1 a 0, desmontou a Inglaterra, abriu caminho para para o placar final de 2 a 0, levou a torcida ao delírio, aplausos em profusão. 
O ataque, como mostra a foto, tinha Julinho, Didi, Henrique, Pelé e Canhoteiro.

Os dois maiores ponteiros do mundo, Julinho e Garrincha
FORA DO CAMPO

Claro, Julinho e Garrincha disputavam a ponta direita da seleção. Mas, fora do campo tinham uma relação fraterna, sempre temperada pelas brincadeiras do Mané Garrincha (1933-1983).
Júlio Botelho (1929-2003), o Julinho, foi o maior ponta direita da história da Portuguesa de Desportos, da Fiorentina da Itália, do Palmeiras, mas começou a carreira no pequeno Juventus da rua Javari, em São Paulo.
Vestia a camisa 7 do Juventus no jogo amistoso contra o BAC, no extinto estádio Antonio Garcia, em Bauru, em maio de 1950: BAC 5 x Juventus 4. 


Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista

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