MEMÓRIA DA BOLA

 

O goleiro Rosã, da Ferroviária, em ação no Paulistão de 1959

NOS TRILHOS OUTRA VEZ

Fundada por ferroviários em 1950,  a exemplo do que aconteceu com o Noroeste de Bauru em 1910,  a Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara, depois de 19 anos está voltando ao convívio com os grandes no Estado de São Paulo.
Retorna à Primeirona, onde, no passado,  brilhou por anos seguidos, revelando jogadores e peitando os grandes, dentro e fora de casa.
No Paulistão de 1959, bateu o Corinthians por 3 a 1 em Araraquara, e no jogo de volta, apesar da derrota - 2 a 0 - valorizou o reencontro contribuindo para superlotar o Parque São Jorge, com 32.419 pagantes, o maior público na história do velho estádio.
Envergando a camiseta grená da Ferroviária, um punhado de revelações, logo negociadas com os grandes clubes, caso do goleiro Rosã, do médio Dudu, do meia esquerda  Bazzani, e do centro-avante Baiano.

Baiano fez sucesso no São Paulo e chegou à seleção
UM CRAQUE....

Entre os jogadores revelados por aquele timaço, 3º colocado no Paulistão de 1959, o mais discreto, quer dizer, o menos espetaculoso e menos badalado pela imprensa, era o centro-avante Baiano. apelido de Carmo Davi.
Contratado em 1961 pelo São Paulo, não demorou para mostrar que ali estava  um craque. Um craque, também artilheiro. Tanto que figurou na primeira convocação do técnico Aymoré Moreira para os treinamentos visando a Copa de 1962 no Chile.
Não ficou entre os 22 que embarcaram mas retornou ao Tricolor para ser o seu principal atacante durante duas temporadas.
Aos 25 anos teve a carreira encerrada por problemas cardiológicos. Sobreviveu algum tempo na profissão de alfaiate até o ingresso no Banespa, onde se aposentou..

Prof. João F. Tidei de Lima/ Memorialista

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