MEMÓRIA DA BOLA

O técnico Brandão dando entrevista em 1970
TÉCNICO DO TRIO DE FERRO

O saudoso técnico Oswaldo Brandão (1916-1989) teve um currículo de fazer inveja a outros treinadores do país.
Foi o único treinador que passou por todos os chamados grandes do futebol paulista, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Portuguesa de Desportos...E  orientou o antigo Trio de Ferro na conquista de títulos históricos. Começando com  o título do Paulistão de 1947 pelo Palmeiras, o histórico campeonato do 4º Centenário com o Corinthians em 1954, e mais adiante, comandando o Tricolor bicampeão em 1971.
Demitido injustamente da seleção brasileira ás vésperas das eliminatórias  para a Copa do Mundo de 1978, foi imediatamente recontratado pelo Corinthians, há 23 anos sem título do Paulistão.
Como registra a história, não deu outra: Timão na cabeça, e o título de volta ao Parque São Jorge.

Rinus Michels levantando troféu na Holanda
TREINADOR DO SÉCULO

Em 1999 a FIFA elegeu o holandês Rinus Michels como O Treinador do Século.
Com carradas da razão. Michels, nascido em 1928, morreu aos 77 anos, em 2005.
À testa da seleção holandesa, revolucionou o futebol mundial. Na Copa de 1974, mostrou o chamado Futebol Total, liderado no campo pelos craques J. Cruyff, Neeskens, etc.
Era o chamado Carrossel Holandês, onde os jogadores não tinham posição fixa.
Cruzou com o Brasil, então orientado pelo técnico Zagallo, que, embora avisado, desconsiderou as inovações holandêsas: "isso é conversa fiada, tentando enganar trouxa! Comigo não! "

No campo, o nocaute holandês: 2 a 0, despachando o Brasil.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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MEMÓRIA DA BOLA



Em 1953, o genial Garrincha  e o técnico Gentil Cardoso
 DANÇA DOS TÉCNICOS

Tite retornando ao Corinthians, Osvaldo de Oliveira assinando com o Palmeiras... dois técnicos com títulos regionais e internacionais..
Por falar em técnicos e suas conquistas, lembramos do lendário Gentil Cardoso 
(1933-1983), um técnico vencedor. Em 1946, ele disse aos dirigentes do Fluminense: "Deem-me Ademir de Menezes e eu vos darei o campeonato". Dito e feito. O Vasco da Gama emprestou o centroavante e o Flu fez a festa naquele ano. Em 1952, Gentil recuperou o Vasco, que tinha de volta os gols de Ademir, e o título voltou à São Januário.
 
Falante e erudito, o negro Gentil Cardoso cunhava frases questionando os valores da sociedade, entre eles o racismo. 
 
No dia da conquista do título carioca pelo Vasco da Gama em 1952, Gentil Cardoso, completando a volta olímpica nos ombros da torcida parou diante da tribuna de honra e soltou: "Meus senhores! Eu estou com as massas, e quem está com as massas não cai do poder! " 
Caiu. No dia seguinte, o Vasco recontratava o técnico Flávio Costa.
 
Em 1953 Gentil Cardoso assumia no Botafogo, e aprovava a contratação imediata de um jovem de 20 anos,  apelido de Garrincha, como mostra a foto.

Equipe do Renner, campeão gaúcho de 1954
 
BALANÇOS & PREVISÕES

Fim do ano chegando, sempre hora de balanços e previsões. Lá pela metade do século passado, de um modo geral no futebol brasileiro  as previsões eram sempre confirmadas pelos balanços, ou vice-versa.
 
Por exemplo, nos campeonatos estaduais, por aqui Corinthians, Palmeiras e São Paulo repartiam os títulos, no Rio a partilha era entre Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo; em Minas mandavam Cruzeiro e Galo, e no Rio Grande do Sul infalivelmente dava Grêmio ou Internacional, até que....
...Até que em 1954, depois de 25 anos dividindo o título gaúcho, Grêmio e Inter tiveram que ficar de joelhos diante do pequeno Renner, uma espécie de clube-empresa, fundado por funcionários de indústria de roupas..
 
A  foto mostra  uma das escalações do técnico Selviro Rodrigues: em pé, a partir da esquerda,  o goleiro Valdir Joaquim de Morais, hoje com 83 anos, na meia direita,  Breno, futuro artista de cinema, e na meia esquerda o capitão Ênio Andrade.   
 
João F. Tidei de Lima/ Historiador


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MEMÓRIA DA BOLA

Esse time teve lances contra a Ditadura Militar
FUTEBOL & DITADURA

País sem memória é País sem identidade, já dizia o Conselheiro Acácio. Por isso as Comissões dos Direitos Humanos, em todos os níveis, têm razões de sobra para recuperar a documentação produzida no período da Ditadura Militar.

Como lembra a velha guarda, nem o futebol escapou. A foto remete àquele momento: a partir da esquerda o músico Zezito e os personagens envolvidos, o antigo atacante Edu Antunes Coimbra, do América(RJ), Vasco e outros clubes, o bauruense Pedrosinho, autor de livros que focam a Ditadura, mais  o ex-centro avante Reinaldo, do Galo Mineiro e crítico da Ditadura,  o jauense Afonsinho, ex-XV, Botafogo carioca e Santos,  celebrizado pela luta em favor do passe-livre, finalmente Nando Antunes,  irmão do Edu e do maior artilheiro da história do Flamengo, o Zico.Fernando Antunes Coimbra, o Nando, à altura de 1964, ano do Golpe Militar, circulou pelos aspirantes do Fluminense, América, Madureira, até chegar ao Ceará, em 1968
Fora do campo, estudou na Faculdade Nacional de Filosofia, e.como professor aplicou o Plano Paulo Freire,  em programa de Alfabetização. o suficiente para ser fichado pela polícia política carioca. Paulo Freire tinha sido cassado pela Ditadura.  Como futebolista, Nando, ainda no Ceará,  seria  contratado pelo Belenenses de Portugal, mas, logo dispensado, em função da ditadura salazarista naquele país.
Nando Antunes retornou ao Brasil, e imediatamente foi preso e torturado pela nossa Ditadura.
A anistia completa veio em 2010.


Afonsinho liderou  a luta em defesa da categoria

PASSE LIVRE

Afonso Celso Garcia Reis, o Afonsinho, hoje com 67 anos,  foi revelado pelo XV de Jaú, em 1962, e em 1965 comprado pelo Botafogo carioca, onde foi campeão por várias vezes.
Liderou a luta dos jogadores em favor do passe livre, direito que lhe foi reconhecido em 1971, e mais tarde estendido à categoria. Tempos da Ditadura Militar, que tinha em Afonsinho um crítico declarado.
Fora do campo Afonsinho tornou-se médico, e até hoje participa do programa Saúde da Família, na Ilha de Paquetá.

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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PARABÉNS, TORCIDA SANGUE RUBRO!


" TÁ NO SANGUE ,TÁ NA SANGUE"
Quando falamos de torcida, temos que reverenciar a mais querida de todas. Eu estou falando da "Torcida Uniformizada Sangue Rubro", que no dia de hoje está completando “28 anos” de existência em prol do grande "Norusca".
Durante todos esses anos de estrada, várias são as lembranças que ficaram registradas na memória do torcedor da Sangue Rubro. Impossivel esquecer as dificuldades, as conquistas e as confraternizações históricas que foram vividas juntas por todos os seus integrantes.
Existem coisas que realmente não temos como buscar explicação, e uma delas é a paixão do torcedor Sangue Rubro pelo Norusca. É uma torcida que respira o Noroeste, vive o Noroeste e quando este time traz alegrias, ela explode e contagia todos ao seu redor.
Ela dá show em todos os aspectos, seja no Alfredão ou nos estádios onde o Noroeste esteja jogando. E os jogadores do Norusca sabem o que eles podem receber caso consigam retribuir o carinho que a torcida tem lhes oferecido.
A Sangue Rubro tem a sua sede localizada na rua Antonio Serigato, na Vila Pacífico, bem pertinho do Alfredão. Lá tem sido o novo point da torcida noroestina. Entre um chopp barato e geladíssimo encontramos torcedores de diferentes épocas, cada um se expressando à sua maneira o amor pelo vermelhinho mais querido mundo. Feliz aniversário, Sangue Rubro! Você nasceu pra viver eternamente.

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LANÇAMENTO DO LIVRO "NOROESTE....104 ANOS DE UM TEIMOSO"..DO JORNALISTA PAULO SÉRGIO SIMONETTI


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