MEMÓRIA DA BOLA

 Os bauruenses Nenê e Toninho foram  campeões no Paulistão de 1970

CAMPEÕES PELO SÃO   PAULO

O bauruense Antonio Ferreira, o Toninho Guerreiro, nos deixou em 1990 aos 48 anos. Revelado pelo E.C.Noroeste foi vendido ao Santos F.C.à altura de 1961/62. Ali colecionou títulos, entre eles os de tricampeão paulista de 1967/68/69. Suficientes para atrair o interesse do São Paulo, em busca de um artilheiro para tentar faturar o Paulistão de 1970. Com os gols do Guerreiro  não deu outra, bicampeão em 1970/71, o que, para o artilheiro, totalizaria o  título de pentacampeão, até hoje inédito no futebol paulista. 
Outro bauruense campeão pelo Tricolor foi o meia Érico de Paula Coelho Filho, o Nenê, que partiu dia destes, aos 70 anos.  Carreira diferente, saiu de Bauru em 1964 e chegou ao Morumbi, sem passar pelo Norusca. Nove anos vestindo a camisa do São Paulo alternando períodos como titular e como um verdadeiro reserva de luxo. Substituiu a estrela do time, o craque Gerson, na vitória, 2 a 1, que decidiu o Paulistão de 1970 contra o Guarani em Campinas. No último jogo, diante de 70 mil pessoas no Morumbi, Toninho Guerreiro e Nenê ajudaram a derrotar o Corinthians logo após terem recebido as faixas, como mostra a foto: em pé, a partir da esquerda, Gilberto, Sérgio, Lima, Édson, Dias, o ex-noroestino Lourival, Forlan e Jurandir; agachados, Miruca, Gérson, Zé Roberto, Toninho Guerreiro, Nenê e Paraná.


Gino Bacci (à dir.) recebendo a delegação do São Paulo em 1958
O ADEUS DO CAPITÃO

Como a cidade sentiu, dias atrás, o mais famoso capitão do antigo Bauru A.C. partiu às vésperas de completar 94 anos.
Uma trajetória que começou em fins da década de 1930 vestindo a camisa do então Luzitana, o BAC a partir de 1946. Zagueiro central, logo se impôs como líder junto aos companheiros, até pendurar as chuteiras em inícios da década de 1950.
Aposentado como jogador, mas ainda circulando pelo mundo da bola. Proprietário do Hotel Avenida, costumava hospedar a delegação do São Paulo F.C., com quem tinha relações de  afetividade. 
Numa das vezes, em novembro de 1958, foi receber jogadores e dirigentes na bela estação ferroviária, considerada na ´época como a mais imponente do interior da América do Sul. Logo após o desembarque posou para a foto ao lado do zagueiro De Sordi(1931-2013) e do locutor da Rádio Record, Geraldo José de Almeida (1919-1976).

João F. Tidei de Lima/ Historiador

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