O ataque goleador do Norusca na Bolívia em 1964 |
(Em outros tempos a Bolívia era recordista de golpes de estado e de ditaduras. Hoje, está nas manchetes por conta da reeleição do presidente Evo Morales. Não é um fato corriqueiro. Morales, do grupo nativo Aimará, foi o primeiro eleito, em 2005, fora dos padrões tradicionais composto por grupos descendentes de europeus.
A Bolívia se limita com o Brasil com fronteiras de 3.000 km, é parceiro econômico de peso, alimenta um gasoduto de 3.150 km que abastece os Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Lá por 1964, entrou em campo, com três clubes, para receber o nosso E.C.Noroeste. Que viajou pelo trem da saudosa E.F.Noroeste do Brasil. Os noroestinos embarcaram na outrora majestosa estação da praça Machado de Mello, chegaram à Corumbá, depois Puerto Guijarro, e, por um trem boliviano alcançaram Santa Cruz de La Sierra. Capitaneados por José Carlos Coelho, o Zé Carlos, bateram os três times bolivianos, com gols dos atacantes da foto: a partir da esquerda, Daniel, Araras, Zé Carlos, Lourival e Ailton.
Em tempo: os trens de passageiros da antiga Noroeste foram suspensos há quase 20 anos, os da Bolívia continuam nos trilhos...
Árbitro, bandeirinhas e o representante da FPF em 1954 |
UM TRIO ENTROSADO
Desde 1948 o Brasil importa árbitros estrangeiros. Recebeu fornadas de ingleses, austríacos, belgas, argentinos, uruguaios...
Entre os uruguaios, o que deixou lembranças positivas foi Esteban Marino, dos quadros da Federação Paulista de Futebol. Apitou várias vezes em Bauru, e passou a exigir da FPF que os auxiliares fossem sempre os mesmos, para o necessário entrosamento.
Eles aparecem na foto, Paulistão de 1954, no velho Alfredão, Esteban Marino, os bandeirinhas Aldo Trama e Germinal Alba, mais o representante da FPF, Francisco Nunes.
João F. Tidei de Lima/ Historiador