Mazola e o zagueiro Edson, na capa do semanário Manchete Esportiva de 1958 |
O MAIOR DOS CLÁSSICOS
Mês de março de 1958, Torneio Rio-São Paulo, quase 50 mil pessoas lotando o Pacaembu, em campo o Santos, escalado pelo técnico Lula, e o Palmeiras, orientado por Oswaldo Brandão.
O Verdão fez 1 a 0, o Santos, com Pelé, empatou, e fez 2 a 1, Nardo, do Palmeiras, marcou novo empate, 2 a 2, Em poucos minutos, Dorval, Pagão e Pepe decretaram a goleada, Santos 5 a 2, placar do primeiro tempo.
Com a revelação chamada Mazola, no segundo tempo o Palmeiras reagiu, empatou e virou para 6 a 5, o jogo perto do fim. Mas aos 38, o Santos igualou outra vez, 6 a 6, e aos 43, com Pepe, deu os números finais, 7 a 6.
Um torcedor, fulminado por infarto, morreu em pleno Pacaembu. O locutor da Rádio Bandeirantes, o bauruense Edson Leite (1926-1983), emocionado, disse que aquele tinha sido o maior de todos os clássicos reunindo os grandes do futebol paulista.
À propósito, até hoje, foi o que somou o maior número de gols...
Nas décadas de 1940/50/60, o Cruzeiro Esporte Clube repartiu os títulos estaduais com o grande rival Atlético, mais o América.
Em 1966, o primeiro título nacional, as finais disputadas com o super Santos de Pelé, o ex-noroestino Toninho Guerreiro, Edu, etc. Primeiro jogo no Mineirão, um Cruzeiro forte como nunca fritou o Peixe, 6 a 2. Segunda partida no Pacaembu, o Santos com sede de vingança, fez 2 a 0 no primeiro tempo, já vislumbrando o jogo decisivo no Maracanã.
Mas, o Cruzeiro, depois do intervalo, apostou na sua cotação nunca antes igualada. Virou e cravou 3 a 2. Campeão do Brasil, escalado pelo técnico Airton Moreira, e com o alinhamento da foto: em pé, a partir da esquerda, Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Wilson Piazza, e Raul; agachados, Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.