Torcedores heróicos resistem à estupidez do horário noturno |
Não há outro adjetivo para qualificar o horário noturno dos jogos às 22 horas decretado na ação conspiratória unindo a televisão, os clubes, as federações regionais e a CBF. Verdadeira, traiçoeira, e covarde conspiração. Contra quem?
Claro, contra a massa dos torcedores, em sua grande maioria constituída por assalariados e estudantes,
obrigados, no dia seguinte, a pular da cama bem cedinho em função dos
seus compromissos no trabalho e nas escolas. E por isso, impedidos, na
maior parte, do saudável comparecimento aos estádios.
Nos países civilizados essa estupidez é impensável. Aqui entre nós tal barbarismo, tanto quanto outros, segue banalizado, não se sabe até quando.
O VERDÃO E AS DEGOLAS
Com
um misto de tristeza e saudade, a velha guarda palmeirense resgata o
melhor da década de 1960, o Verdão repartindo títulos do Paulistão com o super Santos e sendo escalado para representar o Brasil no confronto com o Uruguai, inaugurando o Mineirão naquele setembro de 1965.
Esse timaço da foto enfiou 3 a 0, com Valdir, Servílio, Julinho, Valdemar Carabina, Ademir da Guia, Djalma Dias, Djalma Santos, Rinaldo, Ferrari, Dudu e Tupanzinho.
Foi
a culminância da boa fase, porque daí a ´pouco começou a degringolada.
Paulistão de 1968, Santos campeão antecipado, o Palmeiras lá embaixo, a
um passo da degola.
Para escapar precisaria pelo menos empatar no último jogo, com o Guarani em Campinas. E
não é que conseguiu o empate de 1 a 1? Sabe-se lá por que, o Bugre
decidiu escalar vários reservas e juvenis. E para não correr riscos, fez
entrar ainda um tal de Flamarion, bom jogador, mas sem o devido
registro na Federação Paulista de Futebol...
João F. Tidei de Lima/ Historiador