MEMÓRIA DA BOLA





A SELEÇÃO DO LALAU

Seleção brasileira na ordem do dia, e, como observam críticos atentos, os custos da Copa com dinheiro público e a subserviência aos ditames da FIFA e patrocinadores são para lá de indecentes e vergonhosos, um autêntico FEBEAPÁ (Festival de Besteiras que Assola o País), como diria o cronista Sérgio Porto.
Sérgio Porto (1923-1968), o Stanislaw Ponte Preta, conseguiu, como poucos, ao longo dos anos 1950/60, captar e projetar criticamente o linguajar coloquial do Rio de Janeiro, do futebol, da praia, dos botecos, enfim do cotidiano das ruas.
Torcedor, frequentava, além dos estádios, as sessões do chamado de Teatro de Revista, com os apelos à sensualidade e  críticas sociais e políticas.
Stanislaw Ponte Preta, Lalau para os amigos, chegou mesmo a formar uma seleção das desejadas vedetes que se exibiam nos palcos do Rio, como aparecem na foto: em pé, a partir da esquerda, Olívia Marinho, Carmem Verônica, Rose Rondelli e Sônia;
agachadas, Norma Bengell, Mary Marinho e Sônia Corrêa.


NA COPA DE 1962

Carregando sua inseparável máquina de escrever portátil,  em 1962 Stanislaw Ponte Preta estava na equipe do antigo semanário Fatos & Fotos para cobrir a Copa do Mundo no Chile, o campeão Brasil favorito disparado.
Nem bem chegou à Santiago percorreu as ruas buscando os chamados tipos populares. Um deles, o pintor Aguirre, logo inquirido por Stanislaw sobre a melhor escalação para o Brasil entrar em campo. O tipo, de imediato, respondeu, e para surpresa do Stan, no seu "time ideal" não estava Nilton Santos, nem os gênios Pelé e Garrincha.
-Espera aí, você é doido?
-Doido nada! Sou argentino!

João F. Tidei de Lima/ Historiador


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